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Luverdense diz que não foi notificado sobre suspeita de manipulação em jogo contra o Operário

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo)

O Luverdense Esporte Clube emitiu uma nota, hoje, após a divulgação de que o Ministério Público de Goiás está investigando possíveis casos de manipulação de resultados em diversos campeonatos no Brasil. Entre os jogos está a disputa entre Luverdense e Operário de Várzea Grande, no dia 11 de fevereiro, válida pelo Campeonato Mato-grossense.

“Acreditamos que, embora haja muitos exemplos comprovados dessa prática desleal,
esse fato não tenha ocorrido com nossa equipe que sempre demonstrou extremo
profissionalismo e respeito com nosso clube”, informou a diretoria do clube, por meio da assessoria de imprensa.

Segundo divulgado pelo portal nacional Globo Esporte, o jogo entre Luverdense e Operário teria tido manipulação no número de escanteios. De acordo com a diretoria do Alviverde, ainda não houve uma notificação oficial por parte das autoridades.

“Em nome da nossa história de trabalho e luta pelo esporte, e para que não haja mácula sobre a honra do Luverdense Esporte Clube, nos colocamos à disposição das autoridades para contribuir
nas investigações e, caso necessário, na punição exemplar dos responsáveis, sejam
quais forem”, afirmou a diretoria.

Conforme Só Notícias já informou, o Ministério Público de Goiás, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, deflagrou, esta manhã, a operação Penalidade Máxima II, com objetivo de apurar uma organização criminosa com atuação especializada na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional. Segundo o MP, há suspeitas de que o grupo criminoso tenha atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022, bem como em cinco partidas de campeonatos estaduais, entre eles, os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano. 

Foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 estados, sendo em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP). 

A operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro, resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo. Segundo o MP, derrota no primeiro tempo, número de escanteios e de cartões rendiam até R$ 100 mil para cada jogador participante do esquema 

“Conforme já apurado, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos”, informou a assessoria do Ministério Público. 

A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo.  

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