Emerson Leão renovou seu vínculo com o São Paulo até dezembro de 2012. O técnico chegou ao clube paulista em 24 de outubro para mexer com os brios de um elenco considerado apático e agradou tanto o presidente Juvenal Juvêncio pelo "trabalho no dia a dia" que ampliou o acordo – antes válido até o fim deste ano – mesmo ostentando apenas 33,3% de aproveitamento em sete jogos (quatro derrotas, duas vitórias e um empate).
"Melhor que as dificuldades que enfrentamos é saber que o futuro do São Paulo vai ser melhor que o presente. Por isso estou satisfeito e confiante em fazer uma grande temporada", discursou o comandante, que assinou o novo contrato na tarde desta quinta-feira e ainda tem chances de "salvar o ano" no domingo, quando o Tricolor enfrenta o Santos ainda sonhando com uma vaga na Libertadores-2012.
"Embora os resultados por enquanto não tenham sido expressivos, o trabalho no dia a dia foi muito satisfatório. Por isso antecipamos a renovação já pensando na programação da próxima temporada", disse o diretor de futebol Adalberto Baptista, que ficou responsável por estender o vínculo com o treinador.
A insistência em treinos de fundamentos (principalmente finalizações), o grande número de coletivos e a atenção que dedica para resolver problemas individuais de seus atletas, como a teimosia de Rogério Ceni em jogar com dores, vêm sendo as principais marcas do trabalho de Leão.
Os métodos não resultaram em grande melhora do time, mas Juvenal Juvêncio não culpa o treinador. Assim que o contratou, o presidente são-paulino avisou que o elenco que não deu certo com Paulo César Carpegiani e Adilson Batista seria desmanchado caso não reagisse. A prometida reformulação deve começar assim que o Brasileirão terminar, com ou sem vaga na Libertadores.
Mas o mandatário são-paulino avisou, um dia antes de renovar com Leão, que "se o comandante não corresponder, está fora". Como de costume, o São Paulo não estipulou multa rescisória no vínculo firmado nesta quinta.