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Leandro perde pênalti, mas Verdão vira com gol de Valdivia e lidera

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Com o adiamento de Chapecoense x América-MG para este domingo, o Palmeiras só precisava derrotar o Figueirense para terminar o sábado como líder da Série B do Brasileiro. E, mesmo sofrendo, cumpriu sua missão. Com um a mais, o Verdão superou pênalti perdido por Leandro para vencer no Orlando Scarpelli por 3 a 2 graças a gol de Valdivia aos 42 minutos do segundo tempo.

Apesar de não dar os passes precisos dos dois últimos jogos, o chileno foi decisivo. Sofreu o pênalti que Leandro chutou na trave aos 20 minutos do primeiro tempo, quando o duelo estava 0 a 0, levou a falta que gerou a expulsão de André Rocha aos 25 minutos do segundo tempo e, quase no fim, aproveitou rebote em lance que Alan Kardec cabeceou a bola na trave.

Antes, porém, o Palmeiras sofreu, levando gol de Rafael Costa aos 30 minutos da etapa inicial. Mas Vinicius levou crédito pelo empate sacramentado aos 11 minutos do segundo tempo, apesar do desvio de Vilson antes de a bola balançar as redes, e André Luiz virou aos 26. Ricardo Bueno ainda igualou aos 30, mas Valdivia garantiu o triunfo alviverde aos 42.

Para terminar a nona rodada em primeiro lugar, o Palmeiras, agora com 21 pontos, precisa torcer para a Chapecoense, que tem 20, não vencer o América-MG. De qualquer forma, o time de Gilson Kleina volta a entrar em campo às 16h20 (de Brasília) do próximo sábado em visita ao Guaratinguetá. No mesmo dia, mas às 21 horas, o Figueirense, fora do G-4, recebe o São Caetano em Florianópolis.

O jogo – Gilson Kleina se recusa a mexer em time que está ganhando, e por isso só colocou Vilson como novidade na zaga porque Henrique cumpriu suspensão. Mas o que se viu em campo não foi nada similar à atuação do Palmeiras nas goleadas sobre Oeste e ABC nos dois últimos jogos na Série B do Brasileiro.

O Verdão tinha o total domínio da posse de bola, tendo até Márcio Araújo, seu volante mais marcador, à frente do meio-campo para participar da troca de passes. Mas faltava alguém que encontrasse espaço em meio à marcação do Figueirense, que colocava seus 11 atletas no campo de defesa. Esse alguém deveria ser Valdivia.

Decisivo e empolgante diante de dois dos piores times da Série B do Brasileiro, o chileno pouco se mexeu para ficar com a bola e encaixar passes para Vinicius e Leandro ou, ao menos, dar dinâmica à equipe. Sem o seu camisa 10 se mexendo, o esquema que abre mão de uma referência na frente não funciona, mesmo com Wesley tentando compensar subindo mais à frente. Além disso, o time errava passes demais.

Mas um bate-rebate acabou tornando Valdivia decisivo mesmo sem ser garçom. E com sorte. Aos 18 minutos, Wesley e Vinicius não conseguiram dominar uma bola que foi à área após cruzamento de Juninho, mas ela sobrou para Valdivia, que avançou à pequena área e caiu após choque com Thiego. Sob protesto do Figueira, o árbitro marcou pênalti. E Leandro, alternando a velocidade da corrida, bateu muito mal, na trave.

As poucas qualidades que o Verdão tinha demonstrado até então se perderam. Quem chamou atenção foi Nem, e de forma negativa. O volante já tinha colocado o braço no rosto de Valdivia, de frente para o árbitro, para empurrar o chileno e ganhou aval para dar cotovelada em Vinicius, rasteira em Vinicius e jogar Márcio Araújo no chão, sempre saindo impune.

Nervoso, o Verdão deu espaço até para Ricardo Bueno, atacante de passagem criticada no clube entre 2011 e 2012, aparecer. E continuavam os erros, sendo um deles fatal. Valdivia falhou ao tentar passe no meio-campo e a bola foi de Wellington Saci para Ricardo Bueno, que entrou na área e recuou para Rafael Costa driblar Juninho, se aproximar da meia-lua e abrir o placar com chute rasteiro aos 30 minutos.

O Figueirense adiantou sua marcação para se aproveitar da tensão alviverde, que aumentava com as seguidas faltas duras que o time catarinense cometia. Até que o árbitro começou a dar cartões amarelos e, no segundo tempo, Gilson Kleina recolou o Verdão na partida com uma mudança tática.

A ideia era que Alan Kardec saísse do banco para jogar, no máximo, 30 minutos, mas o centroavante estreou entrando no intervalo no lugar de Charles, que errou passes demais no primeiro tempo. Com uma referência na frente e Vinicius e Leandro aberto, Valdivia teve mais opções de passes e o Palmeiras acuou o adversário levando mais perigo.

A mudança de postura deu resultado aos 11 minutos. Após cobrança de escanteio da direita, a bola foi mal afastada pela defesa do Figueirense e sobrou para Vinicius, na meia-lua, se aproveitar da saída errada do goleiro Tiago Volpi e bater no gol. A bola ainda desviou no pé de Vilson, mas o árbitro deu o gol de empate ao atacante.

A igualdade no placar provou uma troca de papeis em campo. Quem passou a ficar nervoso foi o Figueirense, que passou a atuar com um a menos aos 25 minutos, quando André Rocha, que já tinha cartão amarelo, empurrou Valdivia e, ao chutar a bola, ainda acabou acertando o chileno com seu pé. Irritado, o lateral direito foi expulso.

E o lance gerou prejuízo ainda maior. Na cobrança da falta, colada à lateral direita, Wesley encontrou André Luiz sem marcação entre a marca do pênalti e a pequena área. O zagueiro ainda cabeceou com força para não dar chances de defesa ao goleiro Tiago Volpi e virar o marcador a favor dos visitantes no Orlando Scarpelli.

Para evitar a derrota, Adilson Batista surpreendeu enchendo o seu time de volantes, incluindo Tinga, emprestado pelo Palmeiras. Mas foi em um bate-rebate e na desconcentração da defesa palmeirense que o time catarinense empatou. Aos 30 minutos, após cobrança de escanteio, Nem obrigou Prass a fazer grande defesa, mas a bola voltou em seu pé e ele chutou fraco, suficiente para Ricardo Bueno, em posição duvidosa, só escorar com o pé direito no gol vazio.

Disposto a somar três pontos nesta tarde, Gilson Kleina trocou o cansado Vinicius por Ronny. E ganhou o jogo. Aos 42 minutos, o meia-atacante cruzou da ponta esquerda na medida para Alan Kardec, que cabeceou na trave. No rebote, Valdivia colocou a bola nas redes e fez a festa de cerca de 4 mil palmeirenses presentes no Orlando Scarpelli.

 

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