A derrota de 2 a 1 para o Flamengo segue perturbando a diretoria do Fluminense, que não aceitou a anulação do gol de Henrique, no fim do segundo tempo, que decretaria a igualdade no marcador. O presidente do Tricolor, Peter Siemsen, já afirmou que pedirá a anulação do confronto sob a alegação de ter havido interferência externa na decisão do trio de arbitragem, mas a Justiça Desportiva não deverá permitir a solicitação.
“Vamos ter que ver com calma a situação e não gosto de me posicionar antes de ver todos os fatos. Porém, anular o resultado de uma partida é algo bem complicado e pouco provável no futebol”, disse Felipe Bevilacqua, procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O dirigente do Fluminense, no entanto, pretende utilizar quaisquer recursos necessários para conseguir a anulação. “Nós entendemos que a regra deve ser igual para todos os times e jogos e, neste caso, infelizmente não foi. Defendo o vídeo como ferramenta para auxiliar a arbitragem e sempre me posicionei favorável. Porém, só pode ser usado quando estiver na regra, na lei e por enquanto não está. Portanto, o jogo precisa ser anulado e o Fluminense vai se movimentar no sentido de anular o confronto”, afirmou Siemsen.
O clube vai, inclusive, juntar ao processo imagens do tumulto e a súmula do jogo, que foi disponibilizada por Sandro Meira Ricci. Nela, o árbitro parece não dar maior importância a todo o tumulto, pois escreve apenas: “O jogo foi paralizado (sic) por 10 minutos, aos 40 do segundo tempo, pelos atletas de ambas equipes terem protestado contra a decisão da arbitragem em um lance de impedimento. nada houve de anormal”.
Dentro de campo o elenco se reapresentou nesta sexta-feira para um trabalho regenerativo e na manhã deste sábado, já com todo o elenco à disposição, o técnico Levir Culpi vai começar a pensar na escalação para o duelo contra o São Paulo nesta segunda-feira, às 20h (de Brasília), no Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita (RJ), pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.