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Juiz cassa chapa de prefeito eleito em Paranatinga

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Piorou mais a situação do prefeito eleito Vilson Pires (PRP), de Paranatinga (a 411 km de Cuiabá). Além de ter o registro da candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o juiz eleitoral Carlos Eduardo Nobre Correia cassou o registro da chapa formada por ele e o candidato a vice, Jaime Pereira Filho (DEM), o Jaiminho.

A decisão do juiz em cassar o registro da chapa tomada por Vilson e Jaime Filho foi proferida na sexta-feira (31). O magistrado acatou o pedido formulado pelo promotor eleitoral Carlos Henrique Richter diante da denúncia de compra de votos.

Na representação, o promotor alega que a compra de votos foi denunciada um dia após a eleição do dia 5 e comprovada na ocasião. “Oficiais de Justiça, em cumprimento a determinação judicial, lograram êxito em proceder a apreensão de dois cadernos contendo o nome, endereço, número de título de eleitor e seção eleitoral de cerca de 70 pessoas que receberiam valores em troca do voto”, relata.

O promotor cita ainda que ouviu 18 pessoas que constam da lista apreendida na residência do vice-prefeito eleito, sendo que a maioria das pessoas confirmou o recebimento de R$ 50 nos dias posteriores à eleição.

A situação de Vilson não é fácil. O TRE já havia indeferido o seu registro de candidatura porque o candidato do PRP não apresentou recibo de quitação eleitoral. Como o outro candidato, Carlos Nascimento (PMDB), também foi impugnado pela Justiça, o município de Paranatinga até hoje não sabe quem será o futuro prefeito.

Depois de quase um mês da eleição, os eleitores não sabem se Vilson será mesmo o futuro prefeito, apesar de ter sido o mais votado, ou se Paranatinga terá que realizar uma nova eleição. Além de Carlos Nascimento ter sido impugnado, o concorrente do PRP teve mais de 50% dos votos na cidade.

Paranatinga não é a única cidade onde os eleitores ainda convivem com a incerteza quanto ao resultado da eleição. Muitos municípios que tiveram o pleito definido por poucos votos ainda aguardam o andamento de inquéritos policiais e recursos judiciais para saber se o resultado das urnas será realmente mantido.

Outro lado – Vilson foi procurado ontem para comentar o assunto, mas não foi encontrado através do telefone celular ou dos números que ele informou à Justiça Eleitoral como sendo de sua residência. Ele vem dizendo aos aliados mais próximos que seria vítima de perseguição política dos adversários e a denúncia de compra de votos teria sido forjada.

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