Edílson Pereira de Carvalho e Luiz Zveiter já não são mais árbitro de futebol nem presidente do STJD, mas, por serem fundamentais para o Corinthians ser campeão nacional no ano passado, ainda não foram esquecidos pelo Internacional. Por isso, a sede de revanche do Colorado no reencontro com o Timão, nesta quinta-feira, no Morumbi, é tão grande quanto a de se manter entre os líderes do Campeonato Brasileiro 2006.
Ao contrário do último confronto entre as equipes, aquele polêmico empate por 1 a 1 no Brasileirão do ano passado, o Alvinegro não vem para a partida também brigando pela ponta da tabela. Acabou, sim, de amenizar uma crise após a suada vitória em cima do Vasco, na estréia do técnico Geninho. O Corinthians tem agora a chance de encostar nos primeiros colocados, somando mais três pontos aos seus 9.
Geninho terá que superar muitos desfalques para instalar de vez a paz na Fazendinha. Os maiores problemas são no ataque. Assim como Mascherano, Tevez está servindo à seleção argentina, Rafael Moura cumpre suspensão e Nilmar ainda se recupera de contusão. Carlos Alberto, que poderia ser improvisado no setor, está afastado para tratar de uma lesão ocular.
Os desfalques abrem espaço para o reencontro de Marcelinho Carioca com a Fiel. O consagrado Pé-de-Anjo vai formar uma dupla ofensiva improvisada com o jovem meia Renato, mas não queria assim. “O Carlos Alberto vive uma fase fantástica, o Nilmar está desequilibrando e o Carlitos tem uma identificação muito forte com a torcida. Preferia que eles estivessem aqui e eu entrasse como opção no segundo tempo”, discursou o camisa 77, visto como ‘solução’ do Alvinegro.
Já o técnico Geninho, que vai manter o Timão com três zagueiros, tem consciência que a partida serve como revanche para o Internacional. “Não podemos ignorar uma situação dessas. Eu acredito que o Inter vem tentando dar uma resposta ao que aconteceu ao ano passado. Quer mostrar que poderia ser o campeão. Mas o Corinthians ficou com o título e não pode se deixar levar por esta situação”, alertou.
Depois de admitirem que o sentimento de vingança, os jogadores colorados adotaram a estratégia de elogiar o elenco do Timão.“A gente sabe das qualidades que os outros jogadores do Corinthians têm, então, é uma equipe muito perigosa”, disse Bolívar. Fabinho preferiu chamar a atenção para a eficiência do meio-campo paulista. “São jogadores que, se der muito espaço, eles acabam fazendo a equipe jogar. A gente sabe disso”, comentou.
O Internacional deverá atuar novamente com o esquema 4-4-2. A primeira dúvida surge com a volta de Tinga, que, recém recuperado de lesão, não tem presença garantida na equipe desde o início do jogo. Alex permanece na equipe se ele não jogar. O restante do setor deverá ter Edinho e Fabinho nas primeiras posições, com Fernandão mais à frente, próximo do ataque formado por Iarley e Renteria. Rafael Sóbis não joga por conta do traumatismo craniano sofrido contra o Figueirense.
O atacante Iarley, mesmo com a presença garantida, preferiu o clima de suspense ao falar de sua volta ao time titular. “Como sempre a gente fica na expectativa. Vai ser assim até a hora da preleção. Mas, se o Abel precisar de mim, estou preparado para demonstrar que tenho condições de ser titular”, disse o jogador, substituto do autor do gol colorado no último confronto com o Corinthians.