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Grêmio vira "cinquentão" ao bater o Esportivo

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Só uma catástrofe evitaria o Grêmio de completar 50 jogos sem perder dentro de casa, neste domingo. Enfrentado o Esportivo, vice-lanterna do Campeonato Gaúcho, o Tricolor não teve a menor dificuldade para atingir a marca iniciada em setembro de 2008. A vitória por 2 a 0 mantém o Grêmio na liderança do Grupo 10 do Gauchão. No momento, o adversário das quartas de final seria o Inter. Já o time de Bento Gonçalves pode ser matematicamente rebaixado caso o Avenida vença o Juventude, na segunda-feira.

A festa imperou durante a noite no Olímpico. Em campo, o time dava ao torcedor a alegria da 13ª vitória consecutiva. Nas arquibancadas, as risadas dos gremistas tinham como motivo o rival Inter. Por ali perambulava um sósia do técnico Jorge Fossati, trajado a caráter, com terno e gravata, além de faixas pedindo para que o treinador não deixe o Beira-Rio.

Em campo, o primeiro grito de gol foi provocado por chute de William Magrão. No segundo tempo, Maylson ampliou. Um placar maior não foi construído devido às inúmeras defesas do goleiro Caio.

Na última rodada do segundo turno, o Grêmio enfrenta o Juventude. Antes, na quinta-feira, o adversário será o Votoraty, pela Copa do Brasil. O Esportivo encerra sua participação do Estadual contra o Novo Hamburgo.

O jogo – Em um campeonato estadual superpovoado com 16 clubes, onde há somente dois representantes na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro e nenhum na Segunda, são inevitáveis diferenças continentais de qualidade. Uma vitória do Esportivo sobre o Grêmio seria tão raro quanto nevar em Porto Alegre.

Enquanto o Tricolor empilha antes da partida 12 vitórias seguidas, o time da Serra venceu somente duas vezes em toda a competição. A partida teve ações em somente metade do gramado. Sem fazer esforço, a equipe de Silas passou o tempo todo pressionando. Só no primeiro tempo foram 15 chutes a gol, muito deles de fora da área, aproveitando-se do gramado úmido do Olímpico.

A dúvida era descobrir quanto tempo levaria até o primeiro gol gremista. Foram precisos 11 minutos para que William Magrão trocasse a dor de uma lesão, que o afastou do futebol por um ano, pela alegria de colocar a bola na rede. O versátil volante marcou após cruzamento de Jonas pela direita.

Jonas é um caso especial. A fase de perdedor de gols ficou soterrada no passado, mas em alguns momentos ele revive aqueles dias de aflição ao se ver pronto para marcar e errar uma finalização fácil. Foi assim aos 33 minutos, quando invadiu a área e, frente a frente com o goleiro, foi superado por Caio, que fechou bem o ângulo. O camisa 1 do Esportivo transformou-se no principal empecilho para um placar mais elástico.

Para não dizer que não rondou a área do Grêmio, o Tivo teve uma chance com Rodrigo Ítalo. Da pequena área, ele tocou sobre o gol.

Jogar retrancado, com todo mundo atrás da linha da bola, não é a garantia de uma defesa eficiente. O segundo gol gremista saiu aos 12 minutos, após jogada de Mithyuê pela esquerda. Dentro da área, o Esportivo tinha seis jogadores, mais o goleiro, mas ninguém próximo de Maylson, que ampliou.

Como tudo estava decido, Silas deu oportunidades para aqueles que têm pouca rodagem dentro das quatro linhas em 2010. No meio, Fábio Rochemback ganhou chance para tentar mostrar o futebol que o levou à seleção. Ozeia, na zaga, realizou sua estreia. No ataque, O jovem Bérgson vestiu a camisa gremista pela quinta vez na carreira. Mesmo criando mais uma dezena de chances, finalizando das mais variadas maneiras, o Grêmio não conseguiu ampliar.

 

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