Se é verdade que a caça ao líder Cruzeiro transforma-se cada vez mais em batalha inglória, o Grêmio amplia rodada após rodada a diferença de seus seguidores. Na noite desta quarta-feira, com gol de Riveros, o time bateu o Atlético-PR por 1 a 0, na Arena, e consolidou-se como vice-líder do Brasileirão. Sábado, outro confronto contra adversário direto, o Botafogo, no Maracanã. Sem Vargas, expulso.
No primeiro tempo, a fórmula baseada em marcação intensa e alto índice de aproveitamento funcionou à perfeição. Com um acréscimo. Desta vez, diferentemente de outras partidas, em que foi criticado por abdicar de melhor qualidade, o Grêmio mostrou capacidade técnica e encantou o público.
Só que o começo do jogo sugeriu uma realidade diferente. Com a habitual velocidade dos atacantes e a precisão dos passes de Paulo Baier, o Atlético-PR provocou alguma insegurança defensiva para o Grêmio. Logo a 4 minutos, acossado por Ederson, Bressan foi obrigado a recuar para Dida, depois de cruzamento de Everton.
A resposta demorou um pouco a vir, mas foi a demonstração de que o Grêmio estava muito aceso. Barcos livrou-se de dois marcadores pela esquerda e, na sequência, Ramiro acertou a trave em chute de fora da área.
Com a habitual disposição, Kleber impedia os avanços do Atlético-PR ainda na intermediária. Barcos teve movimentação acima do normal e Vargas mostrou ter compreendido o pedido de Renato para envolver-se mais com o combate.
Tamanha dedicação surpreendeu o adversário, que não encontrou espaços para jogar. O goleiro Weverton converteu-se em personagem importante, ao defender arremates de Kleber, a 29 minutos, e Kleber, aos 33. Até que, aos 43, depois que a bola desviou nas costas de um zagueiro em passe de Barcos, Riveros teve calma e classe para encobrir o goleiro e fazer 1 a 0, um placar mais do que merecido.
A troca do apático Delatorre por Roger, no intervalo, foi benéfica para o Atlético-PR. Acuado, o Grêmio escapou em duas chances criadas por Ederson. Na primeira, o goleador do Brasileirão driblou Dida, mas Rhodolfo evitou o gol. Na segunda, foi Dida quem salvou o chute rasteiro, no canto.
Expulso por agressão a Kleber, aos 23 minutos, Luiz Alberto livrou o Grêmio de maior sufoco. Poderia ser ainda melhor se Vargas, pouco depois, não devolvesse o presente e também levasse o cartão vermelho, mantendo a igualdade numérica em campo.
Mesmo com a troca de Barcos por Paulinho, o Grêmio seguiu sem força para atacar. E voltou a correr risco em cabeceio de Douglas Coutinho, a 34 minutos.
O jogo pouco andou daí em diante. Pedro Botelho foi expulso, também por falta sobre Kleber, a vítima preferencial do Atlético-PR. As duas últimas chances foram com Pará. A 43 minutos, Paulinho cruzou da esquerda, mas o lateral, atrapalhado, não conseguiu chutar. A 46, depois de rebote, ele avançou sem marcação e tentou, sem sucesso, o chute por cobertura, com o goleiro fora do lance.