Não faltou iniciativa ao Grêmio na noite desta terça-feira, dia da estreia na atual edição da Copa Libertadores, porém, o time acabou tendo de se contentar com o empate em 1 a 1 contra o Defensor, do Uruguai, no estádio Luis Franzini, em Montevidéu. Dominando o jogo, os comandados de Renato Gaúcho acabaram esbarrando na forte retranca dos donos da casa, mas ainda assim conseguiram balançar as redes no final do confronto. O que eles não contavam era com a reação tardia dos anfitriões, que empataram aos 39 do segundo tempo para estragarem a festa tricolor no país vizinho.
Com o resultado, Grêmio e Defensor-URU dividem agora a segunda colocação do Grupo 1. O Cerro Porteño, que venceu o Monagas, fora de casa, figura na liderança, enquanto os venezuelanos amargam a lanterna da chave.
O Grêmio só volta a entrar em ação no próximo dia 4 de abril, uma quarta-feira, quando recebe o Monagas, na Arena do Grêmio, às 19h15 (de Brasília). O Defensor-URU, por sua vez, visita o Cerro Porteño, no estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai.
O Grêmio enfrentou bastante dificuldades para conseguir chegar com perigo ao gol adversário no primeiro tempo. Dona da maior posse de bola, a equipe do técnico Renato Gaúcho mostrava facilidade para trocar passes, porém, no último terço do campo, batia de frente com duas linhas de, no mínimo, quatro jogadores muito bem organizadas e que não deram qualquer espaço aos tricolores.
O primeiro lance mais agudo aconteceu aos 14 minutos, quando Castro levou pela direita e tocou para Suárez. O lateral mandou para a área e encontrou Cougo na esquerda, que bateu cruzado, mas viu a bola sair pela linha de fundo, assustando Marcelo Grohe. Tentando responder, o Grêmio incomodou três minutos depois, quando Madson tentou acionar Cícero dentro da área, mas o goleiro Reyes saiu bem para fazer a interceptação.
Daí em diante o Grêmio tocou de um lado, tocou de outro, mas na hora de invadir a área e estufar as redes, não conseguia evoluir. Contando com Maicon e Cícero como duas cabeças pensantes no meio-campo e Ramiro como elemento surpresa, os atuais campeões da Libertadores pareciam impacientes com a retranca do Defensor-URU. Nem mesmo a presença de Luan e Everton fizeram com que a equipe pudesse desconstruir a marcação através do talento individual, já que ambos tiveram atuações bastante apagadas nos 45 minutos iniciais.
Já no segundo tempo o Grêmio voltou completamente diferente e não demorou muito para assustar o Defensor-URU. Logo aos seis minutos, em cobrança de falta, Luan rolou para Cícero, que soltou uma bomba da entrada da área e exigiu grande defesa do goleiro Reyes no canto esquerdo. Aos sete, foi a vez de Madson chegar batendo de primeira após novo passe de Luan, porém, o lateral-direito mandou por cima do travessão.
Mais confiante, o Grêmio teve um momento de desatenção aos dez minutos, quando Geromel tentou sair jogando, foi desarmado, e Cougo, que estava justamente na região em que o zagueiro deveria ter permanecido, foi acionado, invadindo a área e batendo no cantinho, porém, Marcelo Grohe estava atento para fazer a defesa e salvar o Tricolor no estádio Luis Franzini.
O segundo tempo seguiu mais agitado que a etapa inicial e aos 23 minutos o Grêmio novamente esteve perto de abrir o placar. Desta vez Everton recebeu em profundidade na esquerda e tentou acionar Cícero dentro da área. Era só o volante improvisado como “camisa 9” empurrar para o fundo das redes, porém, no meio do caminho a zaga do Defensor-URU apareceu de maneira providencial para cortar o passe.
Já na reta final do confronto, Renato Gaúcho ousou e decidiu acionar Jael no lugar de Jailson, volante. Contando com mais um atacante, o treinador viu sua decisão surtir efeito. Aos 35 minutos, Maicon, dentro da área, aproveitou o rebote do arremate de Everton, que foi tirado em cima da linha pela zaga rival, para bater forte, estufar as redes e calar a torcida local. Porém, o que era festa para os tricolores acabou se tornando decepção quatro minutos depois, quando Maulella, após cobrança de escanteio, cabeceou livre na área, sem sequer tirar os pés do chão, para deixar tudo igual e garantir o empate com sabor de vitória aos uruguaios.