Daqui a exatos 8 dias muitos vão lembrar que em 12 de junho de 2014 Chile x Austrália abriam a Copa do Mundo em Cuiabá, na Arena Pantanal. O estádio que custou R$ 570 milhões receberia ainda Rússia x Coreia, Nigéria x Bósnia e Colômbia x Japão e a Cidade Verde entrou no hall da capital mais acolhedora do Mundial, mesmo tendo recebido apenas jogos da Primeira Fase.
O fato é que um ano depois percebe-se que o encerramento da Copa de 2014 não significou o fim do gasto de dinheiro público com estádios do torneio. O Governo de Mato Grosso assumiu uma conta milionária para manter a Arena. Logo após a Copa a Secopa (já extinta) firmou quatro contratos para manutenção Arena Pantanal: o primeiro para a vigilância da arena e seu entorno (R$ 426 mil); o segundo para a conservação de jardins e canteiros na área do estádio (R$ 179 mil); o terceiro para execução de possíveis reparos que venham a ser necessários (R$ 700 mil); e o quarto para dedetização do espaço (R$ 75 mil). Todos esses contratos foram válidos até o final de 2014. Juntos, eles custaram ao Estado de Mato Grosso quase R$ 1,4 milhão por todo o período da vigência dos acordos.
Não está incluído nesse valor o custo das contas de água e energia da Arena Pantanal,. O estádio de Cuiabá tem sido usado com certa frequência. Clubes das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, incluindo Corinthians, Flamengo, Cruzeiro, Santos e Vasco, já jogaram no local. Recentemente o estádio recebeu a final da Copa Verde, que teve o Cuiabá como campeão e no dia 5 de julho terá Ponte Preta x Palmeiras, pelo Brasileiro. A Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) arrecada 5% do valor bruto das rendas das partidas disputadas ali. Tendo o Estado como gestor a Arena gera uma despesa mensal de R$ 600 mil aos cofres do Estado. Os dois centros de treinamento, na Barra do Pari, em Várzea Grande e na UFMT, estão com as obras abandonadas e não há qualquer previsão para a conclusão. Enquanto isso, atletas Sub-19 são obrigados a jogar em estádios sem a menor estrutura.