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Ganso assume protagonismo, mas divide acertos e erros com colegas

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O futebol ainda não é o mesmo de três anos atrás, mas aos poucos Paulo Henrique Ganso vem dando passes e fazendo jogadas de efeito que lembram os lances protagonizados por ele em 2010, quando sua presença na Copa do Mundo foi alvo até de "lobby" por parte de alguns torcedores. Próximo de completar cinco meses desde que estreou pelo São Paulo, o armador terá a chance de provar essa ascensão técnica contra o Atlético-MG, na quarta-feira da semana que vem, em partida que definirá o futuro tricolor na Libertadores.

Contra o Galo, caberá a Ganso exercer o papel de líder, e não apenas pela importância do resultado. Dois dos principais jogadores da equipe, Luis Fabiano e Jadson, suspensos, não estarão em campo.

"Eu sempre assumi a responsabilidade de ser um dos grandes jogadores do São Paulo. Tem que ser assim quando eles [Luis Fabiano e Jadson] jogam e quando não jogam. Mas o elenco é muito forte, eu não atuo sozinho, e todo o time pode ajudar. Temos que dividir a responsabilidade", disse, em evento realizado nessa segunda por uma de suas empresas patrocinadoras.

Para o bem ou para o mal, o camisa 8 tricolor parece disposto a repartir os erros e acertos com os colegas. Alvo de pedidos de autógrafos durante todo o evento dessa segunda, o meia foi um dos jogadores poupados pelos cerca de 150 torcedores que foram ao CT da Barra Funda, no último sábado, protestar contra o instável momento vivido pelo time do Morumbi. Algo injusto, segundo ele.

"A torcida me poupou, mas eu não me poupei do protesto, até porque não jogo sozinho. Em um elenco com 30, 35 jogadores, não há um responsável. Tenho a expectativa de fazer um grande jogo contra o Atlético-MG, mas o mais importante é vencer", afirmou.

"O que eu faço é trabalhar para dar sempre o meu melhor. É difícil falar do Ganso de 2010. Eu não jogava sozinho, aquele time [Santos] era muito bom. Este também é muito bom. A negociação foi um pouco complicada, mas a adaptação está sendo rápida", completou.

Qualquer que seja o papel que desempenhe contra o Atlético-MG, Ganso sabe que a saída do torneio continental ainda na fase de grupos pode colocar um ponto final na relação amistosa com a torcida. Mesmo assim, o meia não quis falar em "ano perdido" em caso de eliminação.

"O São Paulo tem uma tradição muito grande na Libertadores, por isso o torcedor cobra tanto. Mas ainda temos chances de classificação e outros campeonatos para disputar. O prejuízo será grande se ficarmos fora, mas eu confio na classificação", repetiu. E brincou com o comentarista e ex-são-paulino Belletti, também presente no evento: "Todo mundo comenta, mas quem sofre somos nós".

 

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