O primeiro duelo da semifinal entre Atlético Mineiro e Boa Esporte ficou no 0 a 0. Neste sábado, no Estádio Municipal de Varginha, os times criaram boas chances, assistiram ao VAR protagonista, bolas na trave, mas não movimentaram o placar. Melhor em boa parte do jogo, o Galo perdeu intensidade com um a menos, depois que Zé Welison foi expulso por revisão do recurso de vídeo.
A partida deste sábado, aliás, foi histórica para o futebol Mineiro. Isso porque o duelo foi o primeiro da história do Estado a contar com o VAR (árbitro de vídeo), que foi aprovado pelos clubes para as semifinais e para a decisão da competição.
Os primeiros 45 minutos de jogo foram de equilíbrio e com destaque para a atuação do VAR. Em dois gols anotados pelo Atlético, o árbitro anulou após revisão do VAR. No segundo, foi marcado um impedimento na origem do tento marcado por Luan. Na segunda etapa, o recurso voltou a aparecer para a expulsão de Zé Welison. Dentro de campo, o Galo foi melhor, criou chances, mas parou na trave e no goleiro do Boa.
Antes da partida de volta contra o Boa pela semifinal do Mineiro, o Atlético Mineiro entra em campo na próxima quarta-feira, no Estádio do Mineirão, contra o Zamora, da Venezuela. Já o Boa Esporte terá toda a semana toda para trabalhar, voltando a jogar no próximo domingo, no Mineirão, contra o Galo pelo Estadual. Se o empate se repetir no jogo de ida os comandados de Levir Culpi avançam.
Os primeiros minutos da partida entre Boa Esporte e Atlético Mineiro foram marcados pela tomada de iniciativa de ambos os times, mas ao mesmo tempo pela falta de precisão nos últimos passes e na finalização. A primeira chance real, no entanto, foi do Galo, aos sete minutos. Cazares acionou Maicon Bolt, que ajeitou e tentou o chute colocado. A bola saiu por cima do gol.
Apesar da maior posse de bola, o time comandado por Levir Culpi encontrava dificuldades para infiltrar na defesa do Boa, que pressionava a marcação para forçar a ligação direta. E em contra-ataque, aos 13 minutos, os donos da casa quase abriram o placar. Jayme avançou pela direita e rolou para Claudeci pegar de primeira, mas a bola foi para fora da meta defendida por Victor.
Aos poucos, o Atlético começou a fazer valer a superioridade na posse de bola chegando mais ao campo de ataque. Aos 22, foi a vez de Casares tentar, mas parar no goleiro Renan Rocha.
O lance mais polêmico dos 45 minutos iniciais ficou reservado para os 26. Ricardo Oliveira recebeu na área, bateu forte e o goleiro espalmou. No rebote, Maicon Bolt encheu o pé e mandou para o fundo da rede. O árbitro Rafael Traci, no entanto, foi revisar o lance no VAR e anulou o tento. Depois, o recurso foi utilizado novamente em gol marcado por Luan. O resultado foi a nova anulação por impedimento na origem da jogada.
Na reta final do primeiro tempo, o Boa ainda respondeu com duas chances perigosas. Na primeira delas, Gabriel Vieira arriscou, mas a bola foi nas mãos de Victor. Depois, Gustavo Henrique chutou, a bola desviou no meio do caminho e por pouco não morreu no fundo da rede.
Se no primeiro tempo o jogo teve bons momentos de ambos os times, na segunda etapa o Galo tentou tomar para si o protagonismo. E logo nos segundos iniciais, por muito pouco Maicon Bolt não abriu o placar. Após ótima jogada individual de Guga, o atacante arrematou de primeira, mas a bola saiu para fora, ainda que com perigo.
Aos sete minutos, o gol do Atlético só não saiu por intervenção da trave. Luan arriscou da entrada da área e a bola explodiu no travessão. Na volta, o atacante recebeu novamente a bola e voltou a tentar o tento, mas desta vez parou no goleiro. Na sequência, em dividida ríspida, Zé Welison acabou expulso após revisão no VAR.
Mesmo com um jogador a menos, o Galo foi quem seguiu tomando a iniciativa, mas com maior dificuldades para se aproximar da área rival, já que Ricardo Oliveira deu lugar a Lucas Cândido, que entrou para fortalecer o setor de meio-campo. Ainda assim, o Boa criava muito pouco e não se mostrava disposto a ter a posse da bola para fazer valer a superioridade numérica.
Nos minutos finais, o jogo se desenhou menos intenso. Enquanto o Boa tentava uma estocada no contra-ataque, o Atlético Mineiro mantinha a bola, mas encontrava dificuldades para criar. A melhor chance, por sinal, foi de Cazares, que girou sobre a defesa e arriscou rente à trave.