Um fato raro nos últimos tempos, principalmente no atual Brasileiro, que a torcida rubro-negra espera que se torne comum: o Flamengo, liderado por Emerson, autor do gol e melhor em campo, jogando um futebol razoável, e muito mais importante, brigando para valer pela vitória de 1 a 0. Foi sobre o lanterninha Joinville, mas valeu a luta que livrou o Rubro-Negro provisoriamente do Z4.
O Flamengo viveu um inferno astral nos primeiros 10 minutos. Aos cinco, Samir saiu machucado, substituído por Marcelo, que aos sete quase faz gol, obrigando César a se esforçar para ceder o escanteio, que Douglas Silva aproveitou, cabeceando para Ayrton evitar o pior, em cima da linha. Ufa! Mas o time carioca entrou no jogo, que permaneceu equilibrado, mas sem emoções, dado que a bola apanhou muito, embora não faltasse disposição.
O Flamengo, na realidade, também só teve uma grande oportunidade, aos 20, quando Marcelo Cirino, sem marcação, chutou nas mãos de Agenor. Um registro: Guti praticou falta violenta em Emerson e o árbitro se limitou a mostrar o cartão amarelo. Vida que segue.
O Joinville voltou do intervalo com Niltinho e Marcelinho Paraíba, e mudanças táticas, cujo objetivo era tornar a equipe efetivamente ofensiva. Logo, deu mais espaço ao adversário, que tratou de explorá-lo. Ao contrário do que ocorrera no começo da partida, o time da Gávea criou duas chances evidentes. Na primeira, Gabriel bateu fraco, para defesa do goleiro.
Na segunda delas, porém, aos 10 minutos, Éverton cruzou, Gabriel aparou e rolou para Emerson escorar de pé direito: 1 a 0. Com a vantagem, o Flamengo recuou estrategicamente, para atrair os catarinenses, o que ocorreu, e tentar liquidar nos contra-ataques. Assim, o Joinville costurava, tentando furar o bloqueio do rival, sem produzir nada de útil.
Com marcação eficiente, e aos chutões no fim, a equipe do Rio conseguiu enfim somar mais três pontos.