Em noite de bom futebol, o Figueirense se despediu da melhor maneira de seu torcedor na temporada de 2007. A equipe catarinense dominou o jogo desta quarta-feira do início ao fim e venceu o Náutico com tranqüilidade por 2 a 0. Os pernambucanos, no entanto, pouco tem a lamentar. Mesmo com a derrota, a equipe de Recife se livrou de qualquer possibilidade de disputar a Série B em 2008 graças à goleada por 4 a 1 aplicada pelo Atlético Mineiro sobre o Goiás, no Mineirão.
O jogo – O técnico Alexandre Gallo entrou com em campo com uma surpresa para o rival Roberto Fernandes. Apostando na movimentação para ganhar espaço, o treinador do Figueirense escalou três alas no meio-campo: Ruy, pela direita, César Prates, pela esquerda, e André Santos, mais centralizado. E o desempenho do trio por muito pouco não deu a vitória aos catarinenses no primeiro tempo.
Apesar da necessidade do Timbu em vencer para se livrar totalmente do perigo de rebaixamento, os primeiros 45 minutos foram dominados pelos donos da casa. Os pernambucanos abriram a chances de tentativas no primeiro minuto, em boa cobrança de falta de Júlio César, mas foi só. A seqüência do duelo teve somente a pressão do Figueira em busca do gol.
Logo aos dois minutos, os mandantes quase tirou o primeiro zero do placar em um golaço, mas a bicicleta de Cleiton Xavier foi para fora. Aos seis, nova chance alvinegra em cabeçada perigosa de Asprilla, mas o goleiro Fabiano, que se tornaria o nome do jogo, fez grande defesa.
A troca de posições entre Ruy, André Santos e César Prates deixava o setor defensivo do Náutico cada vez mais confuso, e as chances não paravam de surgir para os representantes de Florianópolis. Um lance que representou claramente este quadro ocorreu aos 12 minutos. Ruy apareceu como elemento surpresa na esquerda e recebeu de Cleiton Xavier frente a frente com Fabiano. A bola, no entanto, caiu no pé esquerdo, e o camisa 2 chutou longe do gol.
A ineficiência do Figueira em fazer o gol, no entanto, diminuiu o ânimo da equipe e o Náutico chegou a adiantar um pouco mais a marcação para equilibrar o jogo. Entretanto, as chances diminuíram para os catarinenses, mas não a ponto de o goleiro Fabiano diminuir o seu trabalho até o final do primeiro tempo.
Em apenas mais duas oportunidades, o Timbu chegou no ataque e assustou em uma delas, quando Sidny arriscou de longe, com força, e carimbou a trave de Wilson, que até aquele momento era um espectador. No último lance da primeira etapa, Geraldo ainda tentou surpreender os mandantes em chute que passou próximo da trave.
Na volta do intervalo, Roberto Fernandes abdicou do esquema com três volantes e colocou o meia Marcelo Silva no lugar de Daniel Paulista. O confronto equilibrou por um tempo, mas o Náutico parecia sentir falta da mobilidade de Acosta, que parecia sentir problemas físicos e esteve impedido por diversas vezes.
Aos poucos, o panorama do duelo foi voltando ao que predominou no primeiro tempo, com chegadas fortes e velozes do Figueirense. Mas, desta vez, sem tantas chances de perigo. Esta característica, contudo, mudou a partir dos 20 minutos. Os pernambucanos recuavam cada vez mais e cedia muito espaço aos catarinenses.
Aos 22 minutos, o gol não saiu por milagre de Fabiano, que salvou em cima da linha bola chutada por André Santos em meio à confusão na área. Quatro minutos depois, no entanto, não houve o que fazer. Em bola rebatida na área, Jean Carlos foi esperto, tomou a bola da zaga, passou pela marcação e tocou para o meio. A bola passou por Fabiano e Ruy, mesmo dividindo com Júlio César, conseguiu tocar para o gol vazio e marcar o seu primeiro gol no Brasileiro.
Em desvantagem, o Timbu passou a se interessar pelo jogo e subiu para o ataque com mais intensidade. Mas faltava qualidade ao time do Recife, e Wilson teve que intervir apenas algumas vezes, todas com tranqüilidade.
Ainda mais tranqüilo, o Figueirense tomava ainda mais conta do jogo. E finalmente foi premiado aos 38 minutos. E com um golaço. Sem nenhuma marcação, Otacílio Neto dominou na intermediária e acabou acertando o ângulo de Fabiano em arremate muito forte.