O painel de investigação do Comitê de Ética da Fifa estipulou nesta quinta-feira o prazo para que sejam devolvidos os relógios de luxo distribuídos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a dirigentes vinculados à entidade máxima do futebol em junho, durante o 64º Congresso Internacional da Fifa, realizado em São Paulo. Os dirigentes terão de devolver os “presentes” até o dia 24 de outubro.
Segundo a Fifa, a CBF distribuiu relógios da marca Parmigiani, uma de suas patrocinadoras, a 28 membros do Comitê Executivo da Fifa, a representantes das 32 seleções que disputaram a Copa do Mundo no Brasil e a dez membros da Conmebol. Os relógios estão avaliados em aproximadamente R$ 60 mil.
No comunicado oficial divulgado nesta quinta, a Fifa condena as atitudes da CBF e dos dirigentes, que, segundo a entidade, não devem aceitar “"objetos que tenham mais do que um valor simbólico".
"A CBF não deveria ter distribuído esses relógios, e aqueles que os receberam nas sacolas com presentes deveriam ter verificado se esses objetos eram apropriados e devolver os relógios ou avisar a Câmara de Investigação", diz parte do comunicado.
A Fifa garante que não tomará nenhuma medida administrativa contra os dirigentes que devolverem os relógios até o dia 24 de outubro. Os objetos serão recolhidos pelo Secretariado da Câmara de Investigação da entidade máxima do futebol e, posteriormente, doados a ONGs que realizam trabalhos voluntários no Brasil.
