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Federação se exime da eliminação do Mixto na Copa do Brasil Feminina

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O presidente em exercício da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), João Carlos Oliveira, tenta anular a eliminação do Mixto da Copa do Brasil de Futebol Feminino para o Gênus, de Rondônia. O dirigente já entrou em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) atestando os fatos que levaram o árbitro João Volpato, de Mato Grosso do Sul, a encerrar o jogo pela ausência de ambulância no estádio Dutrinha, na noite de quinta-feira, pelo compromisso de volta pelo torneio nacional – no jogo de ida o Mixto venceu de 2 a 1 e um empate o classificaria à segunda fase.

Ciente da remota chance da CBF voltar atrás da decisão do árbitro, Oliveira quer provar que todas as medidas foram tomadas para que o carro de resgate estivesse no local e horário da partida. O dirigente enviará ao diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, todos os documentos que providências foram tomadas com relação a logística.

"Quero e vou provar que a federação, mesmo não sendo a sua obrigação, providenciou mecanismos para o Mixto levar a ambulância ao estádio. A obrigação de dar todo apoio logístico ao jogo ser realizado é do clube e não da federação. Se o carro resgate do Samu não foi ao local do jogo, não é problema da entidade e sim de quem solicitou este serviço, se solicitou?", indaga o dirigente, demonstrando irritação com o fato inusitado no futebol brasileiro – time ser eliminado por falta de ambulância.

Pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e pelo regulamento da própria CBF aos seus torneios, o mandante do jogo é o responsável em dar todas as condições de jogo como segurança e ambulância. Neste caso, o Mixto é o responsável pela sua própria eliminação do torneio, além de ter que pagar uma multa no valor de R$ 10 mil. O caso ainda será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça desportiva (STJD).

Ao querer se eximir de qualquer culpa, o diretor do Mixto, Jusimar Rodrigues, apontou a FMF como a grande responsável pela eliminação. De acordo com ele, a entidade "é quem seria a responsável em solicitar ambulância para o jogo". Por outro lado, o dirigente se contradiz, ao reclamar da ausência de apoio logístico por parte da diretoria do Alvinegro da Vargas.

"Já nem procuramos mais o pessoal da diretoria do Mixto. Se quisermos alguma coisa, temos que andar com as nossas próprias pernas. Estamos cansados de tomar chá de cadeira daquele pessoal", disse Rodrigues, se referindo ao presidente do clube, empresário Márcio Pardal e do presidente da Afam, secretário da casa Civil, Éder Moraes.

Para João Carlos Oliveira, a diretoria mixtense deveria ter contratado uma ambulância privada em vez de esperar pelo Samu, que é um serviço público, destinado à população.

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