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Ex-presidente da CBF é condenado a quatro anos de prisão nos EUA

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Gazeta Esportiva (foto: divulgação)

José Maria Marin foi condenado nesta sexta-feira por seis dos sete crimes dos quais foi acusado pela Justiça norte-americana. Em julgamento realizado na Corte do Brooklyn, em Nova York, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol só foi inocentado de lavagem de dinheiro na Copa do Brasil. Em contrapartida, o cartola não conseguiu escapar de três condenações por fraude (Copa América, Copa do Brasil e Copa Libertadores), duas por lavagem de dinheiro (Copa América e Copa Libertadores) e uma por integrar organização criminosa.

Mandatário da CBF entre 2012 e 2015, José Maria Marin agora aguarda sua sentença, sem data para ser divulgada. Quem ficará responsável pela determinação, prevista para 2018, é a juíza do caso, Pamela Chen. Marin foi conduzido ao MDC (Metropolitan Detention Center), no Brooklyn, onde ficará preso provisoriamente até que sua sentença seja anunciada.

Apesar da condenação, a defesa de Marin deverá recorrer, uma vez que a decisão foi tomada em primeira instância. Essa é a primeira vez que um dirigente do futebol brasileiro é condenado pela Justiça por casos de corrupção.

Além de Marin, outros dirigentes sul-americanos também foram condenados nesta sexta-feira por participação no “Fifa Gate”, como são chamados os escândalos de corrupção na entidade que regula o futebol no mundo. Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol, foi condenado a três das cinco acusações em que estava envolvido. Já Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol (FPF), não teve seu veredito revelado.

Durante o processo que acusava Marin de ter recebido 6,5 milhões de dólares (R$ 21,5 milhões) durante o período em que presidiu a CBF em troca dos direitos de transmissão de grandes torneios a empresas de marketing esportivo, a defesa do antigo dirigente adotou como estratégia colocá-lo como inocente, responsabilizando o atual mandatário do futebol brasileiro, Marco Polo Del Nero, de todos os atos corruptos.

A Justiça norte-americana chegou ao veredito após ouvir uma série de testemunhas, entre elas os próprios donos das empresas de marketing esportivo que pagavam propina aos dirigentes. J. Hawilla, proprietário da Traffic, foi um deles. Outros dirigentes que receberam suborno também foram ouvidos.

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