Santos e São Paulo ainda parecem incomodados com o fantasma da recente eliminação na Libertadores da América. Neste domingo, as equipes não aproveitaram a chance de recuperação no Campeonato Brasileiro e, com um futebol burocrático, amargaram um empate por 0 a 0 na Vila Belmiro.
Cada equipe se apresentou um pouco melhor em uma das etapas. O São Paulo começou ligado e dominou o primeiro tempo. Nos 45 minutos finais, o Santos reagiu e chegou a assustar algumas vezes a meta adversária. Nem mesmo os torcedores acreditaram em um grande clássico. Pouco mais de 7 mil pessoas acompanharam o confronto.
Com o resultado, o São Paulo segue sem vencer no Campeonato Brasileiro após quatro rodadas. Com três pontos, o Tricolor tem seu pior início na competição nacional desde a implantação dos pontos corridos. O Santos, com quatro pontos, também está longe das principais colocações da classificação.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo volta a jogar em sua casa, o estádio do Morumbi, diante do Atlético-MG, no sábado, às 18h20. Já o Santos viaja até Salvador para enfrentar o Vitória, no domingo.
O jogo: O clássico começou movimentado na Vila Belmiro. Precisando da vitória, as duas equipes imprimiram um ritmo forte em busca do gol. As primeiras investidas dos times foram em arremates de fora da área, mas o são-paulino Jorge Wagner e o santista Rodrigo erraram o alvo.
As bolas paradas também eram uma opção importante no clássico. O São Paulo ficou perto do gol com Jorge Wagner. A cobrança do habilidoso atleta, aos sete minutos, raspou o travessão. Cinco minutos depois, Rodrigo Tabata arriscou em infração da meia esquerda e obrigou a primeira intervenção do goleiro Rogério Ceni.
Aos poucos, o São Paulo passou a ficar com o domínio em campo. Aos 19 minutos, Joilson mandou uma bomba e obrigou ótima intervenção do goleiro Fábio Costa. Pouco depois, Jorge Wagner finalizou mais uma vez de fora da área e quase acertou o canto esquerdo da meta santista.
A partir dos 30 minutos, o Santos ameaçou reagir com maior movimentação de Molina no meio-campo. Só que Kléber Pereira permanecia isolado na frente. Já o São Paulo seguiu mais perigoso. Aos 35 minutos, Hugo recebeu com liberdade na esquerda e chutou cruzado. A bola raspou o poste esquerdo de Fábio Costa.
Para o segundo tempo, o São Paulo apostou na velocidade de Dagoberto no lugar de Borges, que passou praticamente despercebido na metade inicial. Com oito minutos, o Santos também mudou sua forma de jogar com a entrada do atacante Lima no lugar do meio-campista Rodrigo Tabata.
As alterações surtiram efeito somente para os donos da casa, que passaram a ter o domínio em campo. Aos 13 minutos, o Peixe criou sua primeira grande chance na cabeçada de Marcelo que passou rente ao poste de Rogério Ceni.
Após os 20 minutos, as duas equipes caíram de rendimento. Assim, as alterações surgiram como opção para uma tentativa final de vitória. No Santos, Wesley entrou no lugar de Molina. No São Paulo, Éder Luís substituiu Aloísio.
No final, o Tricolor ainda sofreu prejuízos importantes pela expulsão de Richarlyson e a contusão de Zé Luís logo após a terceira substituição feita por Muricy Ramalho. Satisfeito com o empate, o São Paulo, com Zé Luis no sacrifício, recuou suas linhas e, apesar do abafa santista, contou com boa atuação defensiva para segurar o resultado fora de casa.