Há cinco rodadas sem vencer, tendo amargado quatro derrotas seguidas e um empate no ‘clássico das emoções’, diante do Santa Cruz, o Náutico tenta reencontrar o caminho das vitórias diante da torcida, enfrentando o Luverdense neste sábado, na Arena Pernambuco, em Recife (PE). O jogo, marcado para as 17h20 (de Brasília), coloca frente a frente duas equipes que estão empatadas na classificação geral, com 46 pontos somados.
Sem chances de acesso à elite e com a competição já na reta final, o Timbu começa a planejar a próxima temporada com base na prerrogativa de conter gastos. Com o time pernambucano na parte intermediária da tabela, a diretoria aguarda o término da Série B para trabalhar na renovação ou extinção do vínculo dos atletas. A tendência é que a espinha dorsal da equipe seja mantida, a começar pelo goleiro Júlio César, que deixou a reserva do Corinthians no meio da temporada para assumir a titularidade no Náutico.
Pensando à curto prazo, o técnico Dado Cavalcanti terá que administrar algumas ausências no jogo deste sábado, já que não poderá contar com o zagueiro Renato Chaves e o lateral Neílson, além do meia Cañete e do atacante Marinho, todos suspensos pelo acúmulo de cartões amarelos. Em contrapartida, o atacante Bruno Furlan volta a estar à disposição da comissão técnica e deve fazer parte do ataque titular.
Apesar de ter testado o time no esquema 4-4-2 nos treinos durante a semana, o técnico Dado Cavalcanti deve optar por uma formação mais ofensiva por jogar em casa, lançando mão das duas linhas de quatro no meio campo para atuar com três homens na linha de frente – Furlan, Sassá e Crislan. Testado como titular nos treinamentos coletivos, Vitor Michels pode começar o jogo entre os onze, na vaga do argentino Cañete.
“Desde que eu cheguei, vim com o pensamento de jogar. As oportunidades não apareceram tanto quanto eu imaginei, mas não abaixei a cabeça. Continuei treinando e agora é aproveitar as chances nos jogos restantes da melhor maneira possível”, comentou o meia, que atuou em dois jogos com a camisa alvirrubra, no empate diante do Santa Cruz e na derrota para o Atlético-GO.
Já a equipe mato-grossense, em seu primeiro ano na Segunda Divisão, procura se manter longe da degola cumprindo tabela nesta reta final de competição. O jogo deste sábado, em Recife (PE), está mais relacionado com um desafio individual para o Luverdense, do que com que com a superação do próprio adversário. A campanha, que é uma das melhores da competição, com 11 vitórias, um empate e cinco derrotas dentro de casa, transforma-se em um pobre retrospecto longe da torcida – três vitórias, três empates e onze derrotas –, invertendo completamente a situação.
O técnico e diretor de futebol Maico Gaúcho, que vem de uma derrota simples para a já rebaixada Portuguesa, espera buscar os três pontos fora de casa para dar tranquilidade ao time. Ao passo que o zagueiro Montoya não poderá atuar, por estar suspenso com três cartões amarelos, o atacante Misael volta a ficar à disposição da comissão técnica depois de se recuperar de lesão.
Além do desafio de enfrentar adversários difíceis nesta reta final, o comandante do LEC tem a tarefa de tranquilizar o grupo com relação à logística, que promete ser cansativa para os próximos três jogos. No intervalo de uma semana, a equipe do Mato Grosso vai viajar mais de dez mil quilômetros ao redor do Brasil.
“Temos mais uma semana de preparação que antecede à próxima disputa. Vamos trabalhar para não cometermos os mesmos erros da última partida, contra a Portuguesa. Temos que avaliar o elenco e a sequência de jogos que temos a seguir, pois jogamos sábado em Recife (PE), terça em Lucas do Rio Verde (MT) e no outro sábado em Joinville (SC)”, esclareceu o treinador.