Em pleno domingo de Páscoa, o Sesi-SP calou o ginásio do Mineirinho, lotado, e ganhou o primeiro título da Superliga Masculina. Murilo e Escadinha também debutaram com a vitória, assim como o treinador da equipe paulista, Giovane Gavio, que se tornou o primeiro brasileiro campeão da competição como técnico e jogador. Os paulistas venceram o Sada Cruzeiro (MG) por 3 sets a 1 (25/19, 19/25, 27/25 e 25/17), em 1h58 de jogo, em Belo Horizonte (MG).
Na decisão recheada de craques brilhou a estrela do maior pontuador dessa edição da competição. O oposto Wallace, do Sesi-SP, saiu de quadra consagrado com 27 pontos na final – 26 de ataque e um de saque. O companheiro de Wallace, o ponta Murilo foi eleito o melhor atleta da partida e ganhou o troféu VivaVôlei.
Após a vitória, o técnico Giovane lembrou que a mescla da força do grupo com os talentos individuais foram o segredo do Sesi-SP para calar o Mineirinho, lotado de cruzeirenses. "Tivemos que ter paciência durante o jogo. Eles sacaram muito bem no segundo set. Em seguida, voltamos a encaixar o nosso jogo. Prevaleceu a força do nosso grupo e o talento individuais de nossos jogadores", analisou Giovane.
Do lado mineiro, o argentino Marcelo Mendez lamentou que o Sada Cruzeiro não apresentou na partida decisiva a mesma regularidade de toda a competição. "Começamos o jogo de igual para igual. No primeiro set, foi a vez do Sesi. No segundo, a nossa. Mas, no terceiro set, o Sesi acabou ganhando em pequenos detalhes. A vitória ajudou a equipe adversária no quarto set. Eles abriram uma vantagem muito boa, o que garantiu o título desta Superliga para eles. Apesar da derrota, tivemos uma campanha regular durante esta Superliga"
O jogo
O maior pontuador da Superliga Masculina, Wallace do Sesi-SP, foi o responsável pelo primeiro ponto da final. A partida começou equilibrada com as equipes forçando o saque. Em um ponto de contra-ataque do central Sidão, os paulistas abriram dois pontos: 12/10. O Sada Cruzeiro assumiu a liderança (18/17), mas em um ace do oposto Wallace, o Sesi-SP retomou novamente o comando do placar (20/18). Com boas defesas do líbero Escadinha, os paulistas fecharam o primeiro set em 25/19. Wallace, do Sesi-SP, foi o destaque da primeira parcial com 10 pontos.
O Sada Cruzeiro voltou com mais volume de jogo para o segundo set e abriu uma vantagem de quatro pontos (8/4) no primeiro tempo técnico. Com bons bloqueios, os mineiros aumentam a vantagem para seis pontos (16/10). Numa boa sequência de saques do central Sidão, do Sesi-SP, a diferença no placar caiu para três pontos (18/15). Mas o segundo set era dos cruzeirenses, que, para o delírio da torcida mineira, devolveram o placar da primeira parcial, ao vencerem por 25/19. O conjunto do Sada Cruzeiro funcionou na parcial: Douglas Cordeiro, Wallace e Filipe marcaram quatro pontos cada um.
O Sesi-SP voltou melhor para o terceiro set. Antes da primeira parada técnica, já tinha a liderança com dois pontos de vantagem (6/4). O set seguiu equilibrado até o final com os times se alternando no comando do placar. No final do set, os paulistas abriram dois pontos (23/21), mas, em um bom bloqueio sobre o ponta Murilo, o Sada Cruzeiro empatou a parcial: 23/23. O jogo seguiu indefinido até que, em um ponto de bloqueio do Sesi-SP, os paulistas fecharam em 27/25. O oposto Wallace, do Sesi-SP, teve, mais uma vez, uma atuação destacada, com oito acertos.
O quarto set foi dominado pela equipe paulista do começo ao fim. O Sada Cruzeiro, mesmo apoiado pela torcida, não conseguiu reagir e viu o Sesi-SP fechar a parcial em 25/17, e o jogo por 3 sets a 1. Durante o set, o ponteiro Thiago Alves deixou a quadra com câimbras e deu lugar a Japa. Mesmo perdendo um de seus principais jogadores, a festa foi paulista. Depois de cinco temporadas, um time de São Paulo voltou a ganhar um título da Superliga. E o Mineirinho mudou de cor. Saiu o azul e entrou o vermelho, para coroar o novo campeão brasileiro.