Ao menos até o duelo com a Ferroviária, neste domingo, Dorival Júnior está mantido no cargo de técnico do São Paulo. A decisão foi tomada durante uma reunião entre a diretoria e o treinador, na tarde desta quinta-feira, antes de reapresentação do elenco, no CT da Barra Funda.
As conversas entre as partes, na verdade, são corriqueiras após cada partida. Desta vez, contudo, as cobranças por parte dos dirigentes foram mais incisivas. Eles estão insatisfeitos com o desempenho da equipe na temporada, algo que foi confirmado pelo próprio Dorival na entrevista coletiva concedida após a derrota para o Ituano, na última quarta, no Estádio Novelli Júnior.
A direção tricolor passou que é necessária uma demonstração de evolução do time o mais rápido possível. Uma atuação aquém do esperado diante da Ferroviária, no Morumbi, pode tornar o clima no clube insustentável para a sequência do trabalho de Dorival.
O comandante, contudo, se encontra em um impasse. Ele não está conseguindo encaixar os reforços trazidos pela diretoria em seu esquema de modo satisfatório. Tanto que, diante da lentidão da equipe, precisou sacar Nenê e Diego Souza no intervalo do confronto em Itu porque ambos não renderam o esperado durante o primeiro tempo.
A pressão sobre o treinador se tornou ainda maior após o revés. Já no início da madrugada, cerca de quarenta torcedores foram protestar em frente ao CT da Barra Funda. Diante do ônibus da delegação, pediram a demissão de Dorival, a contratação de Vanderlei Luxemburgo e criticaram os jogadores.
De qualquer forma, Dorival terá até domingo para fazer o time evoluir e apresentar motivos para a diretoria mantê-lo no cargo. No momento, o clube não pensa em outro técnico, o que pode mudar caso a equipe não reaja frente à Ferroviária.
Vindo de derrotas para Santos e Ituano, o Tricolor é o grande com o aproveitamento mais baixo do Campeonato Paulista. Ainda assim, lidera o Grupo B do Estadual, com dez pontos ganhos, os mesmos da Ponte Preta, que tem uma vitória a menos.