Anunciado nesta quarta-feira como novo técnico do Bahia, Doriva pretende frustrar o São Paulo, seu ex-clube. Mas defendendo a equipe que comanda, é claro. Falando ao programa de rádio oficial do clube nordestino, o treinador declarou que pretende fazer todos os esforços possíveis para manter o atacante Kieza, alvo do Tricolor Paulista.
“O Kieza é um grande jogador. É ídolo do torcedor baiano porque é um jogador que faz a diferença, é um goleador. E por isso é indispensável para nós. Conversamos com o presidente e ele fará de tudo para que o Kieza permaneça conosco”, disse o profissional de 43 anos.
O atacante de 29 anos foi artilheiro da equipe nordestina na última temporada, com 29 gols. Mas pertence ao Shanghai Shenxin, da China, que pede cerca de R$ 6 milhões para vendê-lo, valor que o Bahia teria dificuldades para levantar, porém o presidente Marcelo Sant’Anna segue negociando com os asiáticos.
Já o São Paulo acompanha de perto a situação do atleta, que é visto como uma boa peça para preencher a vaga de Luis Fabiano no elenco e fazer sombra para Alan Kardec, que deve ser titular em 2016. Caso não haja acerto entre o clube chinês e o Esquadrão de Aço, ele tem grandes chances de desembarcar no Morumbi.
Além de falar da situação do jogador, Doriva também voltou a comentar sua passagem pelo Tricolor Paulista. O treinador reiterou que tratava-se de uma oportunidade única em sua carreira de se projetar em um clube tão grande, e no qual já havia história como atleta, mas as coisas não saíram como planejado.
Ainda classificou sua demissão como um ato político do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, contrariando a decisão original de contratá-lo do mandatário anterior, Carlos Miguel Aidar, que renunciou ao cargo, e do gerente de futebol José Eduardo Chimello, dispensado na gestão seguinte.
“Trabalhar no São Paulo era uma oportunidade única, sempre seria um convite muito atrativo. Eu entendia o momento político conturbado, mas não imaginava que as coisas aconteceriam dessa forma. O presidente e o gerente de futebol que me convidaram saíram, depois trocou toda a diretoria. Foi uma questão política. Por não terem sido eles que me levaram, resolveram fazer a mudança. Mas serviu de aprendizado”, concluiu o técnico, que dirigiu a equipe do Morumbi em sete jogos: duas vitórias, um empate e quatro derrotas.