Apesar do susto, o técnico Levir Culpi segue no comando do Santos. A decisão foi tomada após uma reunião realizada na tarde desta sexta-feira com o presidente Modesto Roma Júnior e com outros dirigentes. Os jogadores também tiveram participação e pediram a permanência do treinador. Seu contrato vai até o final deste ano.
Após o empate por 1 a 1, contra o Sport, em Recife, os torcedores picharam os muros da Vila Belmiro na última quinta-feira e protestaram no aeroporto, durante o desembarque do Peixe nesta tarde.
Questionado sobre a partida contra o Leão da Ilha em coletiva, Modesto foi sucinto e despistou sobre o futuro de Levir, mas acabou bancando a permanência dele.
– Jogamos bem? Não sei. Sofremos muita pressão e nosso time não é para sofrer. Algo tem que ser mudado. Vamos juntar as nossas sabedorias e ver o que pode ser mudado – explicou.
No entanto, após a reunião Modesto foi conversar com a imprensa que esperava pela definição na calçada do CT Rei Pelé e anunciou a permanência do curitibano de 64 anos.
– Levir Fica. Esperamos o comprometimento de todo o grupo. Todos aqui são comprometidos – resumiu.
Levir chegou em junho, logo após Dorival ser demitido. Ele conseguiu a classificação para as quartas de final da Libertadores sobre o Atlético-PR, mas acabou eliminado do campeonato pelo Barcelona de Guayquil por 1 a 0, na Vila Belmiro.
Logo após o jogo contra o Leão da Ilha, os torcedores picharam os muros do Alçapão. Lucas Lima, Zeca e o próprio cartola foram alvos de criticas. Frases como "Queremos time vitorioso" e "Acabou a paz" foram escritas.
Em 29 jogos com Levir no comando, o Santos venceu 13, empatou 12 e perdeu quatro, o que significa um aproveitamento de 58%.