A diretoria do Luverdense Esporte Clube sinalizou, nas redes sociais, o desejo de se tornar um clube-empresa, quando apenas um dono fica a frente do poder. O possível investimento financeiro, daria um “gás” a equipe, e consequentemente evitaria o fechamento das “portas” do Auriverde, conforme apontado pelo gerente de futebol Helmute Lawisch, em entrevistas na semana passada.
“Na presidência desde o final do ano passado, quando assumiu após apelos da sociedade, Guilherme Lawisch havia comentado, antes da pandemia, o desejo de transformar o Luverdense em um clube-empresa, seguindo as novas leis do Governo, com apenas um dono no poder de tudo”, escreveu em uma publicação.
Em outra publicação, a diretoria destacou que “é desesperador ver o clube que a gente ama estar perto do fim. Pedimos a todos, novamente, para fazerem o nome do Luverdense ecoar pelos cantos do país, em um novo apelo para seguirmos com a chama acesa. O clube necessita de investidores/parcerias para seguir vivo”, ressalta.
“Em tom objetivo, a diretoria do Luverdense ressalta que apenas um “sangue novo” poderá evitar de fechar as portas. O clube busca investidores, de pessoas físicas ou jurídicas, que tenham interesse em tocar o projeto adiante. Um “novo” Luverdense é o único caminho possível”, apontou a diretoria.
O clube-empresa, proposta que está em tramitação no Senado, oferece a oportunidade para os times refinanciarem dívidas, organizarem o caixa e facilitar a busca por novos investidores. É também um modelo que tenta enquadrar os dirigentes e os responsabilizar por eventuais irregularidades.
Com a proposta, os times brasileiros, que em sua grande maioria são associações civis sem fins lucrativos, se transformariam em sociedades anônimas ou limitadas e poderiam fazer fusões, cisões ou incorporações, buscando atrair mais investimentos.
Além disso, para ser integrado ao projeto, o clube interessado precisará apresentar um plano completo de reestruturação. Na sequência, poderá pedir a recuperação judicial e negociar suas dívidas. Ainda de acordo com o texto do projeto, os clubes-empresas vão poder parcelar seus débitos em até 150 meses, com uma redução das multas em 70% , dos juros de 40% e dos encargos legais em 100%.
No Brasil, algumas equipes já contam com investidores únicos, como Botafogo de Ribeirão Preto (SP), Resende (RJ) e Grêmio Osasco Audax (SP), o Red Bull Bragantino (SP), dentre outros.