Foi com um susto aos oito minutos de jogo, mas a esperada primeira vitória da Portuguesa em seu retorno à Série A do Campeonato Brasileiro aconteceu na quinta rodada. Neste domingo, no Canindé, a equipe aliviou a pressão sobre o técnico Vagner Benazzi com uma vitória por 3 a 1, de virada, sobre o Internacional.
Os três pontos tiram a Lusa da zona de rebaixamento e a equipe termina o confronto na 12ª colocação, agora com cinco pontos somados. Agora, a preocupação por ocupar a faixa da degola é do Colorado, em antepenúltimo lugar com quatro pontos.
Apesar do resultado final, a pequena torcida do Inter que esteve na capital paulista começou a tarde comemorando um gol de Nilmar aos oito minutos. No segundo tempo, entretanto, o estreante Washington empatou com um minuto de jogo, o zagueiro Bruno Rodrigo virou aos 12 e Diogo, de pênalti, selou o triunfo lusitano.
O jogo – Com a necessidade de somar três pontos e ainda jogando em casa, a Portuguesa começou dominando a partida. Os laterais Patrício e Bruno Recife, este com o constante auxílio do meia Edno, eram intensamente acionados para cruzar a bola para Diogo ou Christian. A Lusa tinha presença maciça no campo do Internacional.
Os gaúchos, no entanto, conseguiram abri o placar rapidamente aproveitando-se de falha da defesa lusitana. Aos oito minutos, Alex cobrou falta da esquerda na área. Ninguém da Lusa subiu e Nilmar teve tranqüilidade para saltar e testar para o gol de André Luís.
Os comandados de Vagner Benazzi claramente sentiram o “balde de água fria” sentido pelo gol sofrido tão cedo e após a boa postura que a equipe tinha até então. Mais tranqüilos, os colorados quase se aproveitaram da incredulidade mandante para ampliar. Quem passou a dominar foram os visitantes, mais presentes no ataque, mas que só chegavam a assustar em arremates de longe ou nos perigoso cruzamentos de Alex.
Os lusos, entretanto, acordaram com um lance isolado criado por Christian, que carimbou a trave de Renan aos 25 minutos. Era o ânimo que o time precisava para retomar sua presença no ataque. O time, porém, esbarrava na forte marcação gaúcha e também no próprio desespero, impedindo a continuidade de passes decisivos.
O intervalo, contudo, fez bem aos lusos. O time voltou tão aceso quanto iniciou a partida, novamente abusando de sua arma mais forte: as jogadas pelas laterais. E por ali, basicamente nos pés de Patrício, encontrou o caminho para somar os sonhados três pontos.
O gol de empate saiu rápido. Apenas com um minuto no segundo tempo, Patrício cobrou escanteio da direita, ninguém desviou e Washington, que havia acabado de entrar, mostrou oportunismo para tocar com o pé para deixar sua marca em sua reestréia com a camisa rubro-verde.
Muita festa no Canindé, ampliada com a postura ainda mais incisiva do ataque. Edno, Preto, Washington e Diogo pressionavam a saída de bola gaúcha. A única alternativa da defesa rubra era cometer faltas. Opção que fez com que os lusitanos chegassem ao segundo gol.
Aos 12 minutos, o mesmo Patrício do primeiro gol cobrou falta da direita. O zagueiro Bruno Rodrigo subiu mais alto que toda a zaga colorada para cabecear sem chances para Renan.
Assustado com a virada, o Inter decidiu retomar seus trabalhos ofensivos. As jogadas eram concentradas em Alex, mas sozinho o meia não conseguia criar grandes chances, ainda mais com a defesa bem postada montada por Benazzi neste domingo. E, em um contra-ataque, a Lusa matou o jogo.
Aos 20 minutos, Washington comprovou sua boa atuação ao fazer linda jogada, tocando entre as pernas de Guiñazu. Na seqüência, o centroavante foi derrubado por Ricardo Lopes. Pênalti, que Diogo converteu para fazer o seu quarto gol no Brasileiro.
Sem alternativas, os porto-alegrenses se lançaram ao ataque. A atuação, no entanto, não era boa o suficiente para sonhar ao menos em diminuir a vantagem dos donos da casa no placar. Para piorar, Alex, nervoso, foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo por fazer falta dura. Era o símbolo da mau desempenho do Inter diante de uma Lusa vibrante e eficiente para virar o marcador.