Danilo gostou de substituir o peruano Paolo Guerrero como homem de referência do Corinthians – já jogou assim contra o Once Caldas, da Colômbia, e poderá exercer mais uma vez a função no clássico contra o São Paulo, na noite de quarta-feira, em Itaquera. A adaptação ao setor foi tamanha que ele começou a cogitar até abandonar definitivamente o meio-campo.
“No Goiás, atuei várias vezes como o homem de frente. Não ficava muito parado, na verdade. Saía, vinha para o meio. Mas é uma posição em que penso para daqui a pouco, até por causa da idade. Vou virar esse pivô dentro da área, sem tanta obrigação de voltar para marcar. É questão de adaptação, de treinamento”, comentou.
Hoje com 35 anos, Danilo já ouvia algumas críticas sobre o seu estilo de jogo cadenciado durante a juventude. Atuar mais adiantado, para ele, seria a solução para continuar a ser útil sem precisar se desgastar muito. “Mas isso é algo para o futuro”, ressalvou, sorrindo.
Para o presente, o técnico Tite também prefere contar com um centroavante de origem em sua equipe. Por isso, mesmo ainda fora de sua forma física ideal, Vagner Love foi o outro jogador testado como possível substituto de Guerrero (suspenso pela Conmebol) no primeiro clássico com o São Paulo pela Copa Libertadores da América.
“Tudo é questão de característica. Comigo, o time ganha por um lado, mas perde por outro. Sou um jogador de mais movimentação, de posse de bola, e o Love é um atacante de definição. Vamos ver o que será definido. Ainda teremos um treinamento amanhã”, lembrou Danilo.
O veterano sabe, contudo, que ainda é o favorito a ser titular contra o São Paulo, seu ex-clube. “Estou com o pensamento de jogar e ajudar. Fico sempre preparado. Tenho que ficar. Se o Tite optar por mim, estarei à disposição para ajudar o time a fazer um grande jogo”, bradou o centroavante improvisado – ao menos por enquanto.