Em um jogo com dois tempos completamente distintos, o Cruzeiro venceu o Atlético-MG, no Mineirão, por 1 a 0, nesta segunda-feira, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro e atrapalhou os planos do arquirrival na luta pelo título. Se vencesse, o Galo assumiria a vice-liderança, apenas quatro pontos atrás do Palmeiras.
Com o resultado, o Cruzeiro foi para 42 pontos, subiu para a 7ª colocação e manteve vivo o sonho de alcançar uma das vagas para a Copa Libertadores da América de 2010. Já o Atlético-MG segue com 47 pontos, permanece em 4º lugar, mas se afasta do líder.
Na próxima rodada, no sábado, o Atlético vai a São Paulo encarar o Tricolor, no Morumbi, mais um adversário direto na luta pelas primeiras posições. No domingo, o Cruzeiro recebe o Botafogo, no Mineirão.
O jogo – A partida começou com o domínio do Cruzeiro. A primeira grande chance veio aos 6 minutos. Henrique fez jogada pela esquerda e cruzou. O paraguaio Benítez, que estreava, errou no tempo de bola, o goleiro uruguaio Carini não cortou e Thiago Ribeiro cabeceou, para fora, com perigo.
Pelo lado alvinegro, o colombiano Rentería era quem dava mais trabalho. Éder Luís, que voltava de contusão, parecia jogar no sacrifício, complicando os planos do Galo, armado exatamente para explorar a velocidade do atacante nos contra-ataques.
Aos 9 minutos, Fabrício tentou de fora da área, mas a bola foi por cima. Aos 12 minutos, o time celeste não perdoou. Jonílson perdeu a bola no meio, Thiago Ribeiro foi lançado pela direita e cruzou. A zaga não alcançou e Wellington Paulista, de cabeça, marcou seu 11º gol na competição.
Atrás no marcador, o Atlético equilibrou o jogo. Aos 14 minutos, Rentería arriscou de fora, para boa defesa de Fábio. Aos poucos, os papéis se inverteram. Marcando bem, o Cruzeiro tentava neutralizar o apoio dos laterais do Galo e apostava nos contragolpes. Nas vezes em que Thiago Feltri e Carlos Alberto conseguiam fazer os cruzamentos, a zaga celeste aliviava o perigo.
Firme atrás, o Cruzeiro começou a ter problemas na frente. Aos 24 minutos, Wellington Paulista deixou o gramado sentindo uma pancada na panturrilha. Mesmo mancando, o goleador pediu para voltar.
A partir daí, o jogo ficou aberto, com chances para os dois lados. Aos 27 minutos, o Galo chegou com perigo. Rentería foi lançado na área, Fábio saiu nos pés do atacante para salvar, mas a arbitragem já marcara impedimento.
Aos 30 minutos, Jonathan arriscou de fora, mas a bola subiu demais. Aos 33 minutos, Wellington Paulista recebeu a bola, girou e bateu de esquerda, por cima, em seu último lance antes de sair para a entrada do equatoriano Guerrón. O Galo respondeu, aos 37 minutos. Carlos Alberto cruzou da direita e Éder Luís cabeceou, para fora.
O Atlético ainda teve duas chances para empatar no primeiro tempo. Aos 42 minutos, Thiago Feltri arriscou de fora, Fábio se atrapalhou e só conseguiu defender em dois tempos. Aos 46 minutos, Carlos Alberto invadiu a área e bateu forte. O goleiro celeste se recuperou do erro anterior e fez excelente defesa.
No segundo tempo, o Cruzeiro veio mudado. Gilberto, que voltou a sentir a contusão no pé direito, foi substituído por Elicarlos. Com quatro volantes em campo, o time celeste perdeu em criação e passou a ser pressionado pelo Atlético.
Aos 9 minutos, Thiago Feltri recebeu a bola dentro da área e bateu forte. Fábio salvou, colocando para escanteio. Na cobrança, Rentería, de cabeça, tocou por cima. Aos 14 minutos, foi a vez de Benítez tentar, também de cabeça, mas a bola passou rente a trave de Fábio.
Para tentar recuperar o meio campo, aos 15 minutos, o técnico do Cruzeiro, Adílson Batista, colocou Leandro Lima no lugar de Thiago Ribeiro. Celso Roth respondeu, aos 19 minutos, mandando a campo os atacantes Pedro Oldoni e Alessandro.
Bastante ofensivo, o Galo passou a criar cada vez mais chances. Aos 26 minutos, após cobrança de falta de Correa, Fábio fez outra grande defesa, no ângulo esquerdo. Aos 28 minutos, o capitão Márcio Araújo arriscou de fora, mas sem direção. Dois minutos depois, ele deixou o campo para a entrada de Ricardinho. O Galo partiu para o tudo ou nada, mas errava muito nas finalizações, principalmente com Pedro Oldoni, e teve que engolir a derrota.