O grande clássico mineiro terminou com alegria azul. Neste domingo, Cruzeiro e Atlético protagonizaram um duelo equilibrado e movimentado em boa parte do tempo, mas a Raposa acabou saindo vencedora com um gol de Ramires aos 26 minutos. Assim, acabou com um jejum de três jogos sem vitória – o Galo, contrapartida, não soma três pontos na mesma partida há cinco.
O resultado é ótimo para os celestes em relação ao posicionamento na tabela do Campeonato Brasileiro. Após 11 rodadas, a equipe termina o confronto em segundo, com 21 pontos, a dois do líder Flamengo, que ainda joga neste domingo. Já os alvinegros ficam em 15º lugar, com 12 pontos, apenas dois acima da zona de rebaixamento.
No Mineirão, o time de Adilson Batista começou melhor, mas a equipe de Alexandre Gallo equilibrou e abriu o placar aproveitando bobeira de Charles, que teve a bola roubada por Danilinho, autor do gol ao driblar Fábio aos 33 minutos. Três minutos, Thiago Martinelli igualou em belo toque completando escanteio. E aos 46 do segundo tempo Ramires fez a festa cruzeirense aproveitando lançamento de Fabrício.
O jogo – Cotado como favorito antes do duelo, o Cruzeiro tentou fazer valer a sua condição desde o apito inicial. Os comandados de Adilson Batista pressionavam a zaga atleticana, que não conseguia respirar. Com o campo ofensivo preenchido, não foi difícil para o time azul protagonizar os primeiros grandes lances do clássico.
Com um minuto de jogo, Espinoza cabeceou e obrigou Edson a trabalhar bem e ainda torcer ao ver a bola tocar na trave antes de sair. A blitz da Raposa continuava dando resultado e tinha Weldon como grande nome. Com menos de seis minutos, o atacante já havia assustado em lance de cabeça e feito bela jogada para que Wagner disparasse com força e o goleiro alvinegro voltar a salvar sua equipe.
Acuado, o Galo só deixou seu campo defensivo com dez minutos de jogo, através de sua principal força: a velocidade de seu ataque. Eduardo e Danilinho passaram a ser mais presentes. E o meia criou grande chance ao chutar em cima de Fábio. No rebote, Petkovic mandou para fora.
Estava inaugurada uma supremacia dos comandados de Alexandre Gallo, que voltaram a aparecer bem em chute de César Partes que Marquinhos Paraná quase desviou contra as próprias redes. O lateral-esquerdo do Galo ainda criou boa chance ao tocar para Petkovic bater raspando a trave.
Apesar do susto, os celestes não desanimavam e o clássico passou a ser equilibrado, com chances de todos os lados. Porém, quem ia melhor quando descia ao ataque eram os cruzeirenses. Wagner aparecia bem e chegou a gerar grito de gol no Mineirão ao bater na rede, pelo lado de fora. A Raposa, porém, foi traída por sua defesa.
Aos 33 minutos, o Atlético abriu o placar em um vacilo do Cruzeiro. Charles bobeou na entrada da área e deixou Danilinho dominar e partir. Eduardo tentou ficar com a bola, mas o meia não deixou o companheiro dominar, driblou Fábio, que ainda tocou na bola, mas não o suficiente para evitar a finta. Aí, foi só Danilinho tocar para as redes e receber o abraço do Galo.
Contudo, a festa alvinegra durou muito pouco. Três minutos depois, a parte azul do Mineirão pulou em comemoração do empate. Após cobrança de escanteio, conquistado em chute de Weldon que Edson fez ótima defesa, ninguém tocou na bola até que Thiago Martinelli, próximo da marca do pênalti, tocasse com o pé e colocasse no canto para igualar o marcador.
Os gols em seqüência deixaram os dois times em alerta, e as chances de mais mexidas no placar ficaram mais escassas tanto nos últimos minutos da etapa inicial quanto nos primeiro movimentos do segundo tempo. Na volta do intervalo, porém, que estava melhor era ainda o Cruzeiro, bastante incisivo com os pés de Wagner. Entretanto, a zaga atleticana estava atenta para evitar novos perigos.
Se não tinha qualidade, o Galo passou a ganhar espaço na frente com as entradas de Marques e Castillo nos lugares de Mariano e Petkovic, ambos em tarde apática. A equipe teve mais volume, mas o Cruzeiro teve boa chance com Jadílson arrematando de fora da área para a defesa de Edson. Após o lance, porém, o lateral-esquerdo foi substituído por Jonathan, alteração que despertou um forte coro de “burro” contra Adilson, que já havia colocado Gerson Magrão.
A presença atleticana no terreno celeste, porém, teve como último suspiro o primeiro lance de Almir, que entrou no lugar de Eduardo e assustou Fábio ao criar lindo lance e chutar com perigo, à direita do gol. Após o lance, os alvinegros cansaram e o panorama ficou parecido com o do início do jogo, com a Raposa mais presente no ataque e o Galo apostando em contra-ataques. Desta vez, porém, os pupilos de Adilson não tinham espaço.
Com os dois adversários cansados, o clássico caminhava para um empate que não satisfazia ninguém . O resultado, porém, parecia ser suficiente para o Atlético, que se desconcentrou e foi punido. Aos 46 minutos, a bola foi lançada do meio-campo, os zagueiros vacilaram e deixaram Ramires entrar livre e tocar bonito no canto. Gol e festa azul no Mineirão.