A falta de experiência em partidas internacionais da maioria dos jogadores celestes fez a diferença no empate sem gols com o San Lorenzo, nesta quinta-feira, pela segunda rodada da Copa Libertadores.
Na pressão do estádio Nuevo Gasômetro, o time do Cruzeiro se mostrou muito afobado, não conseguiu repetir as boas atuações desta temporada e perdeu a chance de manter o 100% de aproveitamento e igualar o recorde da equipe de 2003, que venceu os sete primeiros compromissos.
Como já era esperado, o San Lorenzo buscou pressionar o Cruzeiro no início da partida. Antes de cinco minutos de jogo, os argentinos já haviam atacado duas vezes com perigo. D´Alessandro quase fez um gol olímpico e Silveira chegou atrasado em um cruzamento. Depois da tensão inicial, o time celeste tranqüilizou e tentou igualar o confronto e arriscou algumas bolas de fora da área.
Aos 15 minutos, D’Alessandro acertou o travessão do goleiro Fábio em uma cobrança de falta. O San Lorenzo voltou a dominar a partida, marcando muito forte a equipe celeste em seu próprio campo defensivo e atrapalhando a saída de bola com passes rápidos. Quando conseguia atacar, o Cruzeiro era afobado e sempre finalizava mal.
O jogo ficou burocrático. Muito movimentado no meio-campo, mas nenhuma das duas equipes conseguia criar oportunidades de gol. O San Lorenzo pressionava e apostava nas bolas alçadas na área, que eram afastadas pela zaga celeste. Já o Cruzeiro, afobado, errava muitos passes no meio-campo e se apressava em concluir as jogadas em gol, isolando quase todas as tentativas.
Aos 39 minutos, a primeira grande oportunidade do jogo. Pela primeira vez a equipe celeste fez uma tabela e, de pé em pé, com dois passes de calcanhar, Wagner recebeu livre, mas finalizou, duas vezes, em cima do goleiro Orión. Guilherme ainda pegou o rebote, porém chutou mal e isolou.
Na volta do intervalo, o técnico Adílson Batista fez a primeira alteração no Cruzeiro. Colocou Fernandinho no meio, no lugar de Wagner, pouco produtivo. Desta forma, o time celeste ganhou mais força na marcação pela esquerda, por onde D´Alessandro armava o San Lorenzo.
Mesmo reforçando o setor, o Cruzeiro sofreu novamente com o abafa do San Lorenzo. Aos cinco minutos, González driblou Jadílson e bateu forte, assustando Fábio. Aos sete, foi a vez de Silveira. O atacante escorou cruzamento de D´Alessandro, à direita da trave celeste.
O Cruzeiro conseguiu recuperar as ações no jogo, mas, novamente, assim como no primeiro tempo, a partida era disputada no meio-campo, com poucas chances criadas de gol. O jogo só começou a ficar interessante a partir dos 25 minutos.
Aos 27 minutos, González cruzou da intermediária e Silvera, saindo de trás da zaga, cabeceou sozinho para a grande defesa de Fábio. A responda do Cruzeiro veio um minuto depois. Ramires recebeu na entrada da área, limpou o lance, bateu forte com a bola passando perto do gol do Ortíz.
Aos 30 minutos, novamente González cruzou e Romeo, livre dentro da pequena área, desviou para fora. Aos 31, Torres se antecipou a Marquinhos Paraná, conseguiu cabecear e a bola saiu rente ao travessão cruzeirense. Aos 37, mais uma forte pressão dos argentinos.
O Cruzeiro voltou a assustar aos 40 minutos. Depois de uma arrancada espetacular de Fabrício, Marcel cabeceou rente a trave direita de Ortíz. Aos 43 minutos, o San Lorenzo voltou ao ataque. Torres cruzou rasteiro da direita, a bola desviou na zaga celeste, e nenhum atacante argentino conseguiu chegar a tempo. Na cobrança do escanteio, Romeo cabeceou para grande defesa de Fábio. O empate estava garantido.
Pela Libertadores, no dia 4 de março, o Cruzeiro recebe o Caracas, no Mineirão. Já o San Lorenzo vai à Bolívia, onde enfrenta o Real Potosí.