O Cruzeiro teve a sequência de três vitórias seguidas interrompida de forma surpreendente neste domingo no Mineirão. A Raposa recebeu a Chapecoense, e não conseguiu atuar bem, perdendo por 1 a 0, placar que frustrou as expectativas de um grande número de torcedores que compareceram ao Gigante da Pampulha para prestigiar a equipe no primeiro jogo celeste às 11h, no novo horário do futebol brasileiro.
O gol do jogo saiu dos pés do ex-cruzeirense Camilo, que cobrou falta com maestria, tirando da barreira e acertando o canto de Fábio, que se esticou todo, mas não conseguiu chegar na bola. Com o resultado, a Chapecoense chega aos 12 pontos, ultrapassando a Raposa na classificação. Os celestes ficam estacionados com 10 pontos.
Na sequência do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro terá compromisso contra o Coritiba, jogo no próximo domingo, no estádio Couto Pereira. Já a Chapecoense vai receber o Sport, partida marcada para sábado, na Arena Condá, em Chapecó.
O jogo – Jogando em casa, o Cruzeiro procurou se impor desde o primeiro momento, pressionando a Chapecoense e criando boas chances. Marcando a saída de bola dos catarinenses, a Raposa forçou o erro adversário em vários momentos. A principal alternativa ofensiva celeste foi pelos lados do campo com Allano e Willian, que se movimentaram bastante.
Como o gol cruzeirense não saiu nos primeiros minutos, a Chapecoense conseguiu corrigir o posicionamento e começou a chegar com um bom número de jogadores no campo de ataque. Percebendo a situação, Vanderlei Luxemburgo mudou a estratégia de jogo dos donos da casa passando a aguardar os catarinenses para depois roubar a bola e ter espaços para criar as jogadas.
Sem um armador de ofício, a tática também não funcionou bem. A partida então perdeu em intensidade já que os visitantes passaram a trocar passes laterais sem muita objetividade, deixando o jogo morno no Gigante da Pampulha. Quando recuperava a posse de bola, o Cruzeiro não conseguiu dar o dinamismo esperado pela torcida, falhando nas tentativas de finalização.
As melhores chances, ou pelo menos os melhores lances do Cruzeiro nasceram quase sempre quando Willian e Allano invertiam as posições, com o jovem jogador celeste caindo pelo esquerdo. Quando a variação não acontecia, nada ou quase nada de produtivo foi visto nos dois times, em jogo fraco tecnicamente.
Quando parecia que o primeiro tempo não teria gols, Camilo cobrou falta com maestria, tirando da barreira e acertando o canto do goleiro Fábio, que esticou todo, mas não conseguiu evitar o gol da Chape, que fez a festa no Mineirão. Em desvantagem, o Cruzeiro tentou pressionar um pouco mais não conseguiu chegar ao empate.
Na volta para o segundo tempo, naturalmente o time mineiro partiu com tudo para cima dos visitantes, que passaram a valorizar cada lance, tentando esfriar o ímpeto cruzeirense. Com o passar do tempo, a torcida celeste passou a demonstrar irritação com o time, que apesar de demonstrar muita vontade teve dificuldades na criação das jogadas.
Na Chapecoense, o técnico Vinícius Eutrópio pediu aos comandados que trocassem passes no campo ofensivo. Os atletas tentaram executar a ordem, que funcionava quando a bola chegava aos pés de Camilo, que mostrou qualidade, sendo o destaque da partida. Com poucas alternativas, Luxemburgo tentou o camaronês Joel na vaga de Pará, com Allano sendo deslocado para a lateral.
A alteração é simbólica, porque mostra a necessidade do Cruzeiro de encontrar um jogador de criação. Sem conseguir penetrações trocando passes, a Raposa abusou do jogo aéreo, facilitando muito a vida dos defensores da Chapecoense. Sem paciência, a torcida esboçou vaias antes do fim do jogo, que foram intensificadas com apito final.