O Cruzeiro encontrou muitas dificuldades para superar a marcação dos uruguaios do Defensor, em jogo disputado nesta terça-feira, no estádio Luis Franzini, em Montevidéu, pelo Grupo 5 da Libertadores. Os celestes foram melhores no primeiro tempo, mas na etapa final, os contra-ataques uruguaios garantiram a vitória dos donos da casa por 2 a 0, em noite inspirada de Felipe Gedoz.
No primeiro gol do jogo Egídio perdeu bola no campo ofensivo, no contra-ataque Rodrigo Souza cometeu falta, que foi batida com maestria pelo brasileiro Felipe Gedoz, sem chances para Fábio. Já com um jogador a menos em campo, o Defensor chegou ao segundo gol novamente com Felipe Gedoz, que ganhou da zaga celeste na velocidade para garantir a vitória e a liderança do Grupo 5 da Libertadores com seis pontos.
Na sequência da Libertadores, o Cruzeiro vai receber os uruguaios do Defensor, dia 20 de março, no Mineirão, mas antes a Raposa terá compromisso pelo Campeonato Mineiro. No próximo domingo, os celestes encerram a participação na primeira fase do Estadual em jogo contra a Tombense, em Tombos.
O jogo – Atuando em casa, os uruguaios iniciaram a partida tentando controlar as ações ofensivas, o que realmente aconteceu nos primeiros minutos, mas rapidamente a Raposa equilibrou o confronto. O jogo então passou a apresentar muitas disputas de bola no meio-campo, com as duas equipes se dedicando muito a marcação.
A dimensão reduzida do gramado também colaborou para uma partida mais pegada, com os times apostando nos toques rápidos em detrimento das individualidades. A principal alternativa o Cruzeiro para agredir o Defensor foi pelo lado esquerdo com o apoio do lateral Egídio, quase sempre procurando Marcelo Moreno na grande área.
A primeira chance de real perigo da Raposa apareceu aos 17, quando Everton Ribeiro lançou Dagoberto que finalizou cruzado, mas o tiro passou a esquerda do goleiro Campaña. Após este lance, os visitantes ganharam confiança no jogo e passaram a manter a bola por mais tempo no campo ofensivo, deixando o contra-ataque para os uruguaios.
Com dificuldades para superar a boa zaga do Defensor, o Cruzeiro procurou girar a bola de um lado para outro, na tentativa de buscar espaços, o que deixou a partida cadenciada em um exercício de paciência para os celestes. Aos 29, Dagoberto tentou surpreender em cobrança de falta por baixo da barreira, mas o atacante errou o alvo.
Antes do intervalo os celestes ainda tentaram chegar ao gol com um arremate de fora da área de Ricardo Goulart, que assustou o goleiro Campaña. Nas poucas chances do Defensor, a defesa cruzeirense conseguiu controlar bem as jogadas evitando perigo excessivo para Fábio. A exceção foi uma cabeçada de Malvino, que acertou a trave.
Já no segundo tempo, os uruguaios voltaram um pouco mais agressivos, o que preocupou o técnico Marcelo Oliveira, que tentou controlar os ânimos dos atletas em campo. Depois de dez minutos, o Cruzeiro conseguiu acertar o posicionamento e voltou equilibrar as ações criando algumas oportunidades de gol.
Na tentativa de mudar o panorama do jogo, o treinador cruzeirense optou por trocar Marcelo Moreno por Willian, deixando o ataque mais veloz e com mais variações de jogadas. Mesmo assim, os espaços não apareceram, e aos 18, quem chegou ao gol de abertura do placar foram os uruguaios. Egídio perdeu bola no campo ofensivo, no contra-ataque Rodrigo Souza cometeu falta, que foi batida com maestria pelo brasileiro Felipe Gedoz, sem chances para Fábio.
Os torcedores do Defensor ainda comemoravam a vantagem no placar, quando Arias cometeu falta em Ricardo Goulart dentro da área, o árbitro argentino Diego Abal não titubeou e marcou pênalti expulsando o zagueiro uruguaio. A cobrança da penalidade foi feita por Dagoberto, que mandou para fora, chutando a direita de Campaña.
Com o placar favorável, mas com um jogador a menos em campo, o time da casa, não teve vergonha em recuar as linhas de marcação para tentar segurar o placar e buscar surpreender. Aos 32, Arrascaeta iniciou jogada em velocidade e deu assistência para Felipe Gedoz, que ganhou na velocidade da zaga e fuzilou Fábio, dilatando o marcador em Montevidéu. O Cruzeiro ainda tentou, sem sucesso, esboçar uma reação no jogo, mas amargou o revés.