O Cruzeiro está nas semifinais da Copa do Brasil. Ameaçado de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o time do ex-corintiano Mano Menezes derrotou o Corinthians por 4 a 2 na noite desta quarta-feira, no Mineirão. O adversário, atual campeão nacional e vindo de uma vitória por 2 a 1 no jogo de ida, já não tem mais chances de conquistar um título na atual temporada.
O Corinthians agora irá se concentrar em tentar chegar à próxima Copa Libertadores da América por meio do Campeonato Brasileiro. No domingo, o time que Oswaldo de Oliveira assumiu recentemente enfrentará o Flamengo, postulante ao título, no Maracanã.
O Cruzeiro também irá se preocupar com o Brasileiro antes de voltar novamente as suas atenções à Copa do Brasil. Jogará contra o Vitória no domingo, no Barradão. O adversário na semifinal da competição de mata-mata será o Grêmio.
O jogo – Disposto a acuar o Corinthians desde os primeiros minutos, já que precisava de gols para seguir na Copa do Brasil, o Cruzeiro sofreu uma baixa justamente no seu setor ofensivo nos primeiros minutos. Rafinha lesionou a coxa esquerda e precisou ceder espaço para Arrascaeta.
Mesmo com a alteração, o Cruzeiro não mudou a sua postura. E chegou ao gol aos 13 minutos. Fagner saiu jogando errado, e Robinho aproveitou para acionar Arrascaeta na ponta esquerda. O uruguaio fez o cruzamento e encontrou Ramón Ábila, que escorou para dentro quase na pequena área.
O gol contagiou o time e a torcida cruzeirenses. Do outro lado, o Corinthians, agora necessitando atacar, tinha muitas dificuldades para sair da defesa e envolver o time da casa. Preocupado, Oswaldo de Oliveira gritava e mexia-se bastante na sua área técnica. Também orientou uma troca constante de posições entre Romero e Guilherme, da ponta direita para o centro do ataque.
Aos 34 minutos, o Corinthians conseguiu tranquilizar o seu comandante. Uendel recebeu passe de Guilherme e levantou a bola da esquerda. Dentro da área, Rodriguinho apareceu como homem-surpresa e cabeceou cruzado para empatar o marcador no Mineirão.
O Cruzeiro se abateu com a igualdade, conforme Mano Menezes notou do banco de reservas. Até então apático, o Corinthians pôde chegar ao intervalo com mais posse de bola (54%) e, apesar de não dar mais trabalho ao goleiro Rafael, também não via Walter ser ameaçado.
Para continuar com a vaga em mãos, Oswaldo ordenou que o Corinthians não recuasse no segundo tempo. Ele só não contava com uma arrancada de Arrascaeta, que caiu ao perceber a aproximação de Pedro Henrique dentro da área. O árbitro Wilton Pereira Sampaio deu o pênalti. Ábila converteu, de novo aos 13.
O Cruzeiro se entusiasmou e voltou a pressionar o Corinthians, como havia feito no princípio da partida. Marcou outro gol três minutos mais tarde. Robinho cobrou escanteio da direita, e, no meio da área, Bruno Rodrigo teve liberdade para testar a bola para a rede e aumentar a festa da torcida celeste.
Eliminado com o placar de 3 a 1, o Corinthians não tinha alternativa a não ser se lançar ao ataque. Aos 23 minutos, não descontou por pouco. Giovanni Augusto fez boa jogada pela direita e tocou para Romero, que limpou Rafael e finalizou com desvio. A bola parou na trave.
Oswaldo resolveu entrar em ação. Trocou Guilherme por Marlone e viu a sua equipe ganhar presença ofensiva. Mano respondeu com a entrada do argentino Ariel Cabral no lugar do compatriota Ábila, ovacionado. Logo em seguida, Lucca substituiu Marquinhos Gabriel no Corinthians.
O gol, contudo, saiu do outro lado do Mineirão. Aos 37, Robinho cobrou falta com inteligência, elevando a bola para Arrascaeta. O uruguaio correu para dentro da área e concluiu cruzado, transformando a vitória parcial em goleada e soltando os gritos de “eliminado” das arquibancadas.
O Corinthians não se entregou. Oswaldo gastou a sua última ficha em Rildo, que foi a campo na vaga de Giovanni Augusto. Aos 40 minutos, surgiu no meio da área para completar um cruzamento de Fagner, que havia recebido inversão de jogo de Camacho, e ressuscitar as esperanças da sua equipe.
Para conter o ímpeto visitante, Mano sacou Robinho e apostou em Alisson. Foi o suficiente para conter as investidas derradeiras do time de Oswaldo de Oliveira.