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Corrida de rua mobiliza mais de mil pessoas contra as drogas em Cuiabá

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Mais que uma disputa, a Corrida de Rua "De Cara Limpa" é um alerta para toda a sociedade  no enfrentamento ao uso de drogas. A corrida é o maior evento social da Polícia Judiciária Civil, dentro do programa De Cara Limpa Contra as Drogas, que há seis anos desenvolve palestras e atividades esportivas e recreativas junto a crianças, adolescentes e jovens, com foco em uma vida saudável longe das drogas.

A sexta edição realizada, hoje, levou  às ruas da região do bairro Paiaguás mais de mil pessoas, entre inscritos e não-inscritos, nas categorias geral e policial civil, feminino e masculino. Todos são amantes de corridas, que têm a atividade como um projeto de vida.

O delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Adriano Peralta Moraes, acompanhou a corrida De Cara Limpa e destacou a importância do evento como forma de aproximar e despertar na sociedade a atenção para à prevenção as drogas. "Neste semestre apreendemos mais drogas do que o ano passado, mas não podemos estar focado somente na área repressiva. Temos que chamar a atenção da sociedade, despertar o consciente coletivo, para chegar a bons resultados".

A largada feminina aconteceu às 7h, em frente ao barracão do setor de vistorias do Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). Às 7h10 foi a vez dos homens  e logo os cinco primeiros colocados começaram a chegar.

No feminino, a atleta profissional, Nadir Sabino, 45 anos, assim como outros anos, levou o primeiro lugar. "Essa corrida incentiva o funcionário da casa, os profissionais de fora e os figurantes da geral. Está de parabéns a organização e o percurso excelente. O melhor caminho é o esporte, eu sou o exemplo disso", disse.

Na categoria geral, masculino, Fernando Silva, ganhou o primeiro lugar. "É muito importante essa ação do De Cara Limpa. Graças a Deus é isso, muito movimento de gente  prestigiando a corrida que é muito boa. Espero que ano que eu possa ganhá-la novamente", disse o corredor.

A escrivã da Corregedoria Geral da Polícia Civil,  Suelma Bonfim Barbosa, ganhou medalha de primeiro lugar entre todas as mulheres policiais competidoras. "Essa é a primeira vez que participei da corrida. Me preparei um pouco e me sinto muito honrada pelo primeiro lugar", disse.

Representando a regional de Barra do Garças, o investigador Eládio Crisóstomo, da 1ª Delegacia de Polícia do município, foi novamente o primeiro colocado da categoria policial civil masculino. O policial disse que participou das cinco últimas edições da corrida e sempre ficou entre os cinco melhores colocados. "Tenho o esporte como uma paixão de vida. Treino o ano inteiro não só para essa corrida, mas também para atividade comercial", destacou.

Além dos cinco primeiros colocados que receberam premiação em dinheiro, a corrida entregou medalhas para todos os competidores inscritos. No pódio também subiram competidores classificado for faixa etária. Pela melhor idade, a corredora do Maria do Carmo  Ferreira, 76 anos, e o senhor Cedil Pereira, 89 anos, receberam medalhas das mãos das autoridades presentes. "Desde o comecinho estou correndo essa corrida, gosto muito, me faz bem e conhecer novos amigos. Levanto cedinho e sou a primeira a chegar aqui", disse Maria do Carmo.

Desde o ano 2008 o programa De Cara Limpa Contra as Drogas desenvolve ações educativas e esportivas junto a alunos da rede pública de ensino, além de outras palestras para pais, professores e a comunidade. ""Nosso objetivo é a conscientização do público jovem no uso abusivo de drogas ilícitas e lícita. Buscamos a sensibilização do nosso público alvo, que é uma forma que temos para orientá-los a não entrar nesse mundo das drogas, pois uma vez que entra é muito difícil sair", disse a coordenadora do programa, investigadora Laura Leia Correia da Costa.

A investigadora informou que a cada ano uma região é escolhida com base em dados estatísticos de índices de uso e tráfico de drogas, para que o programa direcione suas atividades. "Este ano escolhemos dez escolas da região leste com alto índice de uso de drogas e já são mais de 10 mil jovens atingidos", destacou.

A corrida como modalidade esportiva é levada a sério para uma grupo de 50 integrantes, composto por delegados, escrivães e investigadores de várias delegacias de polícia, denominado Papa Charlie Running. O grupo foi criado pela delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis. "É um grupo só de policiais civis corredores e combinamos corridas, treinos, com a finalidade de reunir policiais que correm e representar a  Polícia Civil nos eventos", disse.

Um stand da Gerência de Operações Especiais (GOE), com exposição de armamento e vestuário, e cães do

Canil Integrado da Fronteira foram atrações entre os participantes que tiram fotos juntos aos policiais, armas e os dois cães adestrados para o faro de drogas. Também participaram da corrida 62 alunos da Academia da Polícia Civil.

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