Diante de um de seus principais rivais, o São Paulo, a torcida corintiana resolveu apoiar os atletas durante a semana que antecedeu o clássico das 16h no Morumbi. O apoio, no entanto, tem um preço: o comprometimento e aulas sobre a história do clube.
Depois de terem ido protestar no último domingo, no dia seguinte à derrota de 2 a 1 para o Sport, em treino da equipe no Parque São Jorge, os torcedores resolveram dar nova chance ao time, que está na zona de rebaixamento do Brasileiro.
No sábado, os jogadores tiveram palestra, na concentração, com antigos ídolos da equipe, como Basílio, Biro-Biro, Tobias e Wladimir. O programa da apresentação foi simples: como superar uma crise usando exemplos do passado corintiano.
O técnico Nelsinho Baptista, a diretoria e os jogadores apoiaram a iniciativa, de cinco torcidas organizadas. “Tudo que for para ajudar é válido. Eu acho que esses jogadores, que chegaram agora, não sabem ainda o que é o Corinthians. Eu falo todos os dias com eles, e alguém para me ajudar é ótimo”, declarou o volante Vampeta, 33, o mais experiente da equipe.
Nelsinho também aprovou o apoio dos torcedores. “Não tenho nada contra. Torcedor sempre compareceu em véspera de clássico, e isso ajuda”, disse ele, há dois jogos no comando.
Segurança
Segundo o major Tadeu, do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, o efetivo de quase 500 policiais é “um pouco superior” à média utilizada em jogos de vulto. “Trouxemos reforços porque, como este é o último clássico paulista do ano, queremos que tudo transcorra com tranqüilidade”, afirmou o major.
Ele não negou a preocupação com os incidentes do último Corinthians x São Paulo, no dia 14 de julho, pelo primeiro turno deste Brasileiro, em que um torcedor corintiano, Piratini Tapejara Sales Jr., sofreu traumatismo craniano. O incidente ocorreu próximo ao Parque São Jorge, na zona leste da capital.