O Corinthians pressionou bastante, mas não foi além de um empate sem gols com o Red Bull Brasil antes de voltar a se preocupar com a Copa Libertadores da América. O resultado da tarde deste sábado, em Itaquera, foi obtido pela equipe considerada titular – bem reforçada por Vagner Love no segundo tempo.
Ainda invicto em jogos oficiais em 2015, o Corinthians continua tranquilo na liderança do grupo B do Campeonato Paulista, agora com 23 pontos ganhos. O Red Bull totaliza apenas 12 na chave A, a mesma do São Paulo.
Pelo grupo 2 da Libertadores, o Corinthians terá compromisso com o Danubio na noite de terça-feira, no Uruguai. O próximo adversário no Estadual será o Capivariano, no domingo de 22 de março, também fora de casa. Dois dias antes, o Red Bull jogará contra o Botafogo-SP no Moisés Lucarelli.
O jogo – Nem mesmo a escolha do mascote Senninha para dar o pontapé inicial impulsionou o Corinthians a acelerar a partida deste fim de semana. O time de Tite entrou em campo em ritmo mais lento do que o habitual e permitiu ao Red Bull Brasil, mesmo limitado no setor criativo, fazer o goleiro Cássio trabalhar nos primeiros minutos.
É verdade que o Corinthians tinha que lidar com uma novidade no seu meio-campo. Sem Renato Augusto, ainda em recuperação de uma pancada no tornozelo esquerdo, a equipe da casa contava com o menos criativo e mais marcador Cristian e demorou um pouco a se encontrar na intermediária ofensiva.
Na tentativa de tirar proveito da mudança, o Red Bull apostou justamente em dois jogadores com passagens fracassadas pelo clube do Parque São Jorge. Lulinha era o cérebro da equipe dirigida por Maurício Barbieri, enquanto Jocinei não pensava muito para encurtar o caminho para o gol com chutes de longa distância.
Com o passar do tempo, no entanto, o Corinthians se tornou mais presente no ataque e chegou a entusiasmar a sua torcida em uma e outra ocasiões. Principalmente por meio de Emerson, que usava os mais variados recursos para se aproximar da meta – pedaladas desengonçadas, um elástico mal executado e até um empurrão no árbitro Luiz Vanderlei Martinucho, que obstruía o seu caminho.
Embora o Corinthians tenha melhorado consideravelmente nos minutos finais do primeiro tempo, ajudado pelo avanço dos seus laterais, não chegou a fazer por merecer a vitória parcial. Só ficou mais perto de abrir o placar aos 29 minutos, quando Fagner levantou na área de forma despretensiosa e quase surpreendeu o goleiro Juninho. A bola parou no travessão.
Insatisfeito com o que viu, Tite resolveu alterar o sistema tático do Corinthians no intervalo. Sacou Cristian para a entrada de Vagner Love. O atacante foi a campo animado e, logo em sua primeira investida, não titubeou em bater de fora da área. A empolgação foi tamanha que ele escorregou.
Love se levantou rapidamente – e os torcedores também. Com uma velocidade que ainda não tinha demonstrado no Corinthians, ele se transformou no alvo predileto dos lançamentos dos armadores. Aos 13 minutos, pouco depois de aparecer impedido, recebeu de Emerson do lado esquerdo da área e chutou para o alto. Errou por pouco.
Além de ser referência, Love sabia servir os seus companheiros. De novo pela esquerda, o atacante fez uma boa jogada perto da linha de fundo e cruzou aberto. Jadson dominou do lado direito e finalizou forte e cruzado da pequena área, parando em uma defesa providencial de Juninho, com a perna.
Preocupado com a pressão do Corinthians, Maurício Barbieri trocou Jocinei por Marcelo no Red Bull. Allan Dias também saiu, mas porque se machucou em uma disputa de bola com Gil, para a entrada de Wilson Júnior. Não muito tempo depois, Edmílson foi substituído por Isaac.
Já Tite deu as suas últimas cartadas com Malcom e Renato nos lugares de Elias e Emerson. Não adiantou, muito em função da defesa congestionada do Red Bull. A última boa chance do Corinthians ocorreu aos 40 minutos, outra vez com Vagner Love, que concluiu cruzado entre três marcadores e viu a bola passar bem perto da trave.