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Corinthians empata com Nacional e é eliminado da Libertadores

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O Corinthians não foi o time frio que prometia ser para ir além das oitavas de final da Copa Libertadores da América. Nesta quarta-feira, a equipe comandada por Tite repetiu o seu fracasso de 2015 – eliminação nesta fase do torneio continental logo após cair nos pênaltis no Campeonato Paulista – ao empatar com o uruguaio Nacional por 2 a 2 em Itaquera.

Havia tensão na Zona Leste de São Paulo antes mesmo de a bola rolar. A torcida organizada do Corinthians fez festa com o uso dos controversos sinalizadores, o que retardou o início do jogo. Pouco tempo depois, Nico López abriu o placar em um vacilo da defesa corintiana. A reação veio ainda no primeiro tempo, com Lucca, porém Romero (o uruguaio) reduziu as esperanças brasileiras no segundo. André ainda desperdiçou um pênalti – o sétimo da sua equipe em dez batidos no ano. Marquinhos Gabriel converteu o 11º no final.

Após considerar que tinha conquistado um bom resultado ao empatar por 0 a 0 com o Nacional em Montevidéu, portanto, o Corinthians não soube tirar proveito da “vantagem” para evitar a manutenção de um trauma recente. Já são cinco eliminações acumuladas em Itaquera – antes, o time parou em Palmeiras (Campeonato Paulista), Guaraní, do Paraguai, (Libertadores), Santos (Copa do Brasil) e mais recentemente Grêmio Osasco Audax (Paulista).

A queda desta semana foi ainda a sétima do Corinthians em uma oitavas de final de Libertadores, somando-se às de 1991, 2003, 2006, 2010, 2013 e2015. Fora do torneio continental, os comandados do antes elogiado Tite precisarão se conformar em iniciar a defesa do título brasileiro do ano passado. A estreia na competição será contra o Grêmio, em Itaquera, no domingo de 15 de maio. Nesse período, o Nacional irá se preparar para enfrentar o vencedor do confronto entre Boca Juniors, da Argentina, e Cerro Porteño, do Paraguai.

O jogo – A torcida resolveu incendiar a partida em nome do Corinthians. Minutos antes de o árbitro Néstor Pitana soar o seu apito, o público organizado acendeu os seus polêmicos sinalizadores atrás do gol defendido por Cássio, o que trouxe muita fumaça para dentro de campo.

Não demorou para que o ambiente ficasse ainda mais nebuloso para o Corinthians. Aos quatro minutos, o Nacional aproveitou uma falha generalizada da defesa do time da casa para abrir o placar. Em posição duvidosa, Nico López cruzou para a área da direita, e Fagner levou a pior pelo alto. O mesmo centroavante ficou com a sobra após disputa entre Cássio e Fernández e chutou para a rede.

Já àquela altura, estava excluída a possibilidade de a vaga nas quartas de final ser decidida por meio dos pênaltis, já traumáticos para o Corinthians. A “frieza” que Tite tanto pediu aos seus jogadores na véspera do jogo, no entanto, começava a faltar à sua equipe também com a bola rolando.

Foram com cobranças de escanteio, em meio à gritaria da torcida, que o Corinthians voltou para o jogo. Felipe assustou o Nacional com duas boas cabeçadas depois de cobranças de tiro de canto.

Aos 14 minutos, o Corinthians marcou o gol de empate. Giovanni Augusto tabelou com Fagner pela direita e colocou a bola na área do Nacional. Lá dentro, Victorino e Fucile se atrapalharam com a presença de André, e Lucca ficou livre para empurrar para dentro.

Lucca extravasou e reagiu como um torcedor após a igualdade. Ergueu a mão para o céu, cumprimentou quase todos os seus companheiros e brandiu os braços no ar. De tão empolgado, ficou afoito e passou a abusar do individualismo, embora fosse uma boa válvula de escape pela esquerda. Na direita, Giovanni Augusto, recuperado de lesão bem antes do previsto, parecia sentir o ritmo intenso da partida.

Mesmo com a classificação assegurada com um empate, o Nacional não cedeu facilmente à pressão corintiana. O técnico Gustavo Munúa adiantou a marcação do seu time, prejudicando a saída de jogo adversária. Muitos torcedores, então, contrariaram Tite e impacientaram-se nas arquibancadas. Rodriguinho colaborava com a irritação com erros de passe e de domínio de bola.

Para acalmar o público, o Corinthians colocou a bola no chão. Aos 33, Elias avançou bem pelo meio e deixou Lucca em condições de marcar o seu segundo gol na ponta esquerda. Desta vez, o goleiro Conde fez a defesa com o pé. Pouco depois, Rodriguinho desperdiçou outra boa chance, cabeceando por cima do gol após cruzamento de Fagner.

Apesar da melhora, o final do jogo foi preocupante para o Corinthians. Giovanni Augusto reclamou de dores e quase deu lugar a Marquinhos Gabriel. E, aos 45, o mesmo meia titubeou por causa de Nico López (que pedia para receber atendimento médico e levantou-se em seguida), gerando pane na defesa corintiana. Na sequência do lance, Cássio evitou o gol uruguaio com grande defesa em cabeçada de Fernández.

A malandragem de Nico López foi um prenúncio de que a partida ficaria bastante pegada no segundo tempo. Os jogadores das duas equipes só desceram para o vestiário depois de muita confusão. O Corinthians, com pressa, retornou de lá rapidamente. O Nacional, satisfeito com o resultado parcial, valorizaria o tempo o máximo que pudesse.

E a tranquilidade do Nacional superou o ímpeto corintiano. Depois de 14 muitos de contundência (ainda que sem muita organização) da equipe mandante, a visitante chegou ao gol. Fernández recebeu de Nico López e bateu de fora da área. Cássio espalmou, e Romero finalizou cruzado e certeiro no rebote.

De imediato, Tite apostou em Romero e do estreante Marquinhos Gabriel nos lugares de Lucca e Giovanni Augusto. Como o Corinthians continuou abatido, apenas rolando a bola de um lado a outro diante da área, o técnico resolveu contar também com a experiência de Danilo. Bruno Henrique saiu vaiado para a entrada do meia. Guilherme, apática principal contratação para a temporada, permaneceu no banco de reservas.

Mudado, o Corinthians iniciou um jogo de ataque contra defesa diante do Nacional. A melhor chance para empatar apareceria aos 37 minutos, quando André foi derrubado por Polenta. Pênalti. O próprio centroavante se apresentou para a cobrança, deu a sua paradinha característica e praticamente jogou nas mãos de Conde a vaga nas quartas de final da Libertadores. No final, a noite melancólica ainda teve a expulsão de Fagner. E, mesmo com um a menos, o time de Tite chegou ao empate. Em uma penalidade – agora, bem cobrada por Marquinhos Gabriel, aos 49.

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