O Corinthians empatou pela segunda vez consecutiva pela Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira, em Ribeirão Preto, o time de Mano Menezes repetiu o placar do jogo contra a Ponte Preta diante do Bragantino: 1 a 1. Pará abriu o marcador para a equipe do interior paulista, de falta, e Chicão cobrou pênalti para igualar.
A vantagem do Corinthians na liderança da Segundona caiu para quatro pontos em relação ao Avaí (20 a 16). Resta saber se, agora, o “pau vai quebrar”, como ameaçaram alguns torcedores para cobrar a vitória sobre o Bragantino, que soma 9 pontos. No sábado de 5 julho, ambos voltarão a campo. Os paulistanos receberão o São Caetano, enquanto o Braga visitará o Barueri.
O jogo – Demorou nove jogos para Douglas perder a regularidade que marcou o início de sua trajetória no Corinthians, incomum nos tempos de São Caetano. Como o meia cadenciava exageradamente a partida (Elias, sumido em campo, colaborava com a ineficácia da armação), a equipe não chegava a incomodar a defesa do Bragantino.
Wellington Saci, reintegrado após a expulsão infantil na final da Copa do Brasil, foi por não muito tempo alternativa para o Corinthians atacar pela esquerda – do outro lado, Carlos Alberto era pouco acionado. Mas, jogando mais recuado, no meio-campo, André Santos quase não auxiliava o até então concorrente de posição.
Bastante desfalcado, o Bragantino só não equilibrava a partida porque sofria da mesma falta de criatividade do adversário. A equipe do interior paulista tentava resolver o problema através das jogadas aéreas, mas o máximo que conseguiu foi um gol anulado de Nunes, impedido, aos 7 minutos. O Corinthians só assustou com as bolas paradas.
O técnico Mano Menezes, que levantou diversas vezes para cobrar seus jogadores no primeiro tempo, fez duas modificações no intervalo. Mesmo gripado, Alessandro substituiu Carlos Alberto. E o time foi ao ataque com Acosta no lugar de Wellington Saci. Ainda havia o reforço das arquibancadas, com a empolgação (sem motivo) da torcida.
Com a mesma formação da primeira etapa, porém, foi o Bragantino que abriu o placar na segunda. Aos 7 minutos, Pará bateu falta com categoria e acertou o canto do gol defendido por Júlio César, que saltou atrasado. No banco de reservas, o técnico Marcelo Veiga já havia antecipado quando o árbitro Claudinei Forati assinalara a cobrança: “Gol do Pará”.
Em desvantagem, o Corinthians melhorou, e os seus torcedores passaram a cantar ainda mais alto nas arquibancadas do Santa Cruz. Acosta quase empatou em seguida, ao limpar a marcação e acertar o travessão em um chute forte, da entrada da área. Não foi o suficiente para acalmar Mano Menezes, que exigia mais participação de Douglas no jogo.
Pedido atendido. Assim que o meia passou a comandar os ataques do time paulistano, o Bragantino se desestruturou. O ex-corintiano Moradei, por reclamação, foi expulso aos 20. Cinco minutos depois, Da Silva agarrou Acosta dentro da área, e o árbitro não hesitou: pênalti. Chicão chutou de um lado, e o goleiro Gilvan caiu para outro, 1 a 1.
O gol do Corinthians motivou uma série de alterações. Mano mandou sua equipe ainda mais à frente com Lima no lugar de Nilton. Já Marcelo Veiga trocou Malaquias e Davi por Fernando e Marcinho. Não adiantou. O Timão insistiu, incentivado pelos gritos de “não pára, não pára, não pára”, porém contrariou a música pela segunda vez seguida.