O Corinthians não aproveitou a "grande oportunidade" vista por Tite no confronto com o Atlético-PR. A meta era se aproximar da zona de classificação à Copa Libertadores, da qual faz parte o time rubro-negro, mas a distância só aumentou com o empate por 0 a 0 em Mogi Mirim.
Foi a 12ª vez no Campeonato Brasileiro em que a formação alvinegra terminou o jogo com mais um ponto conquistado. Assim, ficou com 36, nove a menos do que o Atlético-PR, que caiu para a quarta colocação, a última que dá vaga na principal competição sul-americana.
No fraco primeiro tempo, os visitantes tiveram o controle das ações, chegando a tocar o travessão em cabeceio de Manoel. Os donos da casa – ou quase, pois a equipe do Parque São Jorge ainda cumpre punição, atuando longe do Pacaembu – cresceram após o intervalo, mas não conseguiram tirar o zero do placar.
Atlético melhor no fraco primeiro tempo
Foi fraco o primeiro tempo em Mogi Mirim. O Corinthians sentiu bastante a falta de Paolo Guerrero e não conseguiu criar nenhuma oportunidade. O Atlético-PR teve mais a bola e, ainda que não tenha estabelecido um amplo domínio, controlou as ações ao longo dos 45 minutos iniciais.
Sem o contundido Guerrero – nem Alexandre Pato, a serviço da Seleção Brasileira -, Tite começou o jogo apostando em Danilo como centroavante. Ele não teve grande oportunidade para reter a bola e, sem qualquer velocidade, acabou trocando de posição com Emerson, que estava na direita. A mudança não resolveu os problemas, como a insistência nas bolas longas.
Sem Paulo Baier, desgastado, o Atlético-PR não tinha muita articulação pelo meio, mas usava bem Marcelo e Everton pelos lados. A equipe rubro-negra chegou ao fundo com alguma frequência, conseguindo faltas e escanteios perigosos. Em um desses tiros de canto, Manoel subiu com liberdade e viu a bola triscar o travessão, na única oportunidade clara da etapa inicial.
Equilíbrio na etapa final
O Corinthians voltou do intervalo com Rodriguinho no lugar de Douglas e outro comportamento. Mais agressiva na marcação e mais disposta a trocar alguns chutões por passes, a equipe alvinegra começou a incomodar os visitantes, sobretudo pelo lado esquerdo do ataque.
Foi por ali que Romarinho roubou de Luiz Alberto, buscando Emerson, que só não concluiu na cara do gol porque Manoel conseguiu se esticar. Pouco depois, também por ali, Romarinho recebeu de Emerson em posição duvidosa, avançou e finalizou de pé esquerdo, na cara de Weverton, que defendeu.
Vagner Mancini, então, trocou Zezinho, mal no jogo, por Mérida. Já na metade do segundo tempo, entraria também o centroavante Roger. Já Tite resolveu sacar Romarinho, que estava bem apesar do gol perdido, apostando no rápido garoto Paulo Victor.
Rodriguinho foi bem em chute de fora da área, mas o Atlético-PR acabou crescendo, aproveitando a disposição maior do adversário para atacar. Cleber teve de aparecer bem na área em um lance perigoso, e Cássio trabalhou em dois chutes de fora da área de João Paulo para manter o marcador imaculado. Houve muitas vaias após o apito final.