A luta do Corinthians para alcançar à vaga na Copa Libertadores durou até a última rodada. A torcida, porém, terá de se contentar apenas com a Sul-Americana. O Timão não conseguiu bater o Cruzeiro, foi derrotado por 3 a 2, em duelo na tarde deste domingo, em Belo Horizonte, no Mineirão, e terminou a competição em 7º, com 55 pontos.
Era preciso vencer e ainda torcer pelo resultado na Arena da Baixada, entre Atlético-PR e Flamengo. O Furacão manteve os dois pontos a frente do clube paulista e também sonhava com a disputa. Sem a vitória, ficou impossível alcançar o adversário paranaense.
Com isso, o Corinthians fez até um confronto equilibrado com o Cruzeiro em Minas Gerais. O time de Oswaldo encarou a Raposa de frente e, por duas vezes esteve à frente do marcador, com gols de Guilherme e Marlone. Porém, no cenário geral da partida, foi mais fraco que o time da casa que sempre atrás do placar conseguiu ter forças e aproveitar os espaços deixados.
Antes de a bola rolar, Cruzeiro e Corinthians prestaram homenagens a Chapecoense. Os garotinhos que entram no gramado com os atletas, cumpriram o protocolo, mas desta vez não vestiam as cores dos times que estavam em campo, mas sim da equipe catarinense. No momento do hino nacional, bandeiras da Colômbia e Brasil faziam companhia ao escudo da Chapecoense.
O Cruzeiro providenciou ainda um grande bandeirão para que os torcedores fizessem suas homenagens. O objetivo será levado para Chapecó, em apoio ao time. Na torcida, onde sempre fica uma bandeira com o texto: “Time do povo”, um slogan adotado pela Raposa nos últimos anos, foi trocado por: “Equipe imortal. Campeões para sempre. #TodosSomosChape”. Além disso, o torcedor celeste gritou em alto e bom som “É, vamos, vamos, Chape”.
O Cruzeiro começou melhor a partida. A Raposa encontrava espaços e aproveitava o esquema criado por seu técnico, que tirou homem referência da área para dar mais mobilidade ao ataque.
O Corinthians, no entanto, com sonho de coisas maiores, que correu em busca de abrir o marcador. Aos 7 minutos, após cobrança de escanteio, tão trabalhada por Oswaldo durante a semana, resultou em gol. Guilherme, no segundo pau, só empurrou e colorou o Timão na frente.
A Raposa, porém, era mais incisiva. Mostrava que tinha mais o controle do jogo, embora levasse alguns sustos em contra-ataques do clube visitante. A derrota parcial seguiu até aos 24. O atacante Alisson dominou a bola na ponta, levou para a área e cruzou. Sóbis dominou no peito, deixou para Robinho que colocou Arrascaeta na cara do gol. O gol também demostrava o bom trabalho de Mano Menezes, apresentando a mobilidade, tendo em vista que Arrascaeta apareceu na área como elemento surpresa.
O Corinthians por precisar do resultado passou a se lançar mais ao ataque. A defesa celeste, entretanto, se mostrava bem compacta e dava poucos espaços. Com isso, a Raposa aproveitava as brechas dadas pelos paulistas e conseguia agredir. O Timão dependia bastante do meia-atacante Guilherme para conseguir se armar dentro do jogo, Romero, no entanto, tinha que se desgastar, pois cumpria funções na recomposição, auxiliando Fagner na direita.
O Corinthians voltou melhor na etapa complementar. O time precisa do resultado para sonhar com a vaga na Copa Libertadores. Para isso, Oswaldo mandou Giovanni Augusto no lugar de Romero. A mudança deu mais qualidade ao time paulista que conseguia segurar mais a bola no ataque.
O resultado das mudanças veio aos 9 minutos. Marlone aproveitou o cruzamento na área e, de cabeça, sem marcação, voltou a colocar o Corinthians na frente. O tento foi resultado de uma longa troca de passes feita pelo time visitante.
O Cruzeiro, porém, acordou para a partida. Dois minutos após sofrer o gol, a Raposa encontrou Ezequiel na área que dominou e chutou forte, não dando chances para Walter. Aos 13, Robinho fez um belo gol e desempatou o jogo. O jogador recebeu a bola na área, mais pela direita, em lance parecido a jogada anterior, driblou seu marcador e, de perna esquerda, chutou para colocar a Raposa na frente.
Nos lances seguintes, o Cruzeiro passou a espremer o Corinthians em seu campo de defesa. O time paulista, no entanto, conseguiu se segurar até recuperar o fôlego de sofrer dois gols rápidos e novamente ter alguma igualdade tática.
O jogo passou a ficar igual para os dois lados, com mais espaços, mas o time azul contente com o resultado administrava. Nos últimos minutos, o Corinthians teve mais uma chance, mas não conseguiu e foi derrotado.