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Corinthians anuncia déficit de R$ 123 milhões em 2020 e dívida total perto de R$ 1 bilhão

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Gazeta Esportiva (Danilo Fernandes/assessoria/arquivo)

O Corinthians publicou em seu site oficial, no início da madrugada deste sábado, o balanço financeiro do clube referente ao ano de 2020. A temporada passada fechou com um déficit de R$ 123,3 milhões. Além disso, a dívida total corintiana chegou a R$ 956,9 milhões, sem contar as pendências relacionadas a Neo Química Arena.

O documento foi apresentado com o parecer da empresa RSM Brasil Auditores Independentes, que aferiu os números, sem qualquer ressalva. Os totais passivos circulante e não circulante do Corinthians, valores que remetem ao que o clube precisará pagar, bateu R$ 1.290 bilhão.

Essa quantia, com a subtração do total ativo circulante, ou seja, aquilo que o clube tem a receber em curto prazo, no caso R$ 333.8 milhões, é o que concluiu que a dívida total do clube, até 31 de dezembro de 2020, atingiu R$ 956.9 milhões.

O balanço mostra que em 2020 o Corinthians teve uma receita bruta de R$ 474,3 milhões. R$ 440.8 milhões foram oriundos do futebol, R$ 50 milhões a mais do que conseguido na temporada de 2019.

O clube social e os esportes amadores foram responsáveis por R$ 33.4 milhões, cerca de R$ 2 milhões a menos em relação ao ano anterior.

O grande salto, porém, se deu no que o documento nomeia como “repasse de direitos federativos”. Em 2020, o clube arrecadou R$ 189,2 milhões com vendas de jogadores. Deste valor, a maior parte foi possível graças a transferência de Pedrinho ao Benfica-POR. Em 2019, o Corinthians fez R$ 45.2 milhões com vendas de atletas.

Um dos grandes problemas é que a despesa do clube, além de elevada, não refletiu em resultados que pudessem gerar novas receitas. O time de futebol, por exemplo, não conquistou nenhum título, terminou o Campeonato Brasileiro em 12º lugar e gerou uma despesa de R$ 461.6 milhões. Com o clube social e esportes amadores, o Corinthians comprometeu R$ 45 milhões.

Desta maneira, em 2020, o futebol fechou com déficit de R$ 61.7 milhões e o clube social com déficit de R$ 61.6 milhões, o que fez o balanço contabilizar R$ 123,3 milhões negativos. Em 2019, a conta fechou com um déficit de R$ 195.4 milhões.

Com a situação financeira complicada, o Corinthians anunciou na última semana uma parceria com a Falconi, empresa voltada para gestão e soluções internas. A meta do clube é reduzir os gastos em, pelo menos, 20% até o final de 2021.

O presidente Duilio Monteiro Alves já avisou que o clube só vai reforçar o time principal masculino mediante a “oportunidades de mercado”. A princípio, o plano é enxugar o elenco e aproveitar os destaques das categorias de base.

Fora a contensão de gastos, o clube também tem buscado ‘dinheiro novo’ no mercado. No início do ano, o Corinthians conseguiu fechar importantes negócios neste sentido junto ao departamento de marketing, o que já resultou em uma garantia de acréscimo na arrecadação de aproximadamente R$ 30 milhões.

No último dia 23 de março, o Conselho Deliberativo do Corinthians votaria pela aprovação ou reprovação dos balanços de 2019 e 2020. A reunião, no entanto, foi cancelada devido a Fase Emergencial imposta pelo Governo do Estado de SP, medida que visa conter o avanço da pandemia do coronavírus.

Ainda não se sabe quando os conselheiros terão a oportunidade de votar os dois balanços, mas, apesar dos números preocupantes, a tendência é de aprovação de ambos.

A dívida do Corinthians sobre a Arena não entra no balanço do clube porque os valores são administrados por um fundo à parte, com participação e representantes de outras instituições. E nada do que é arrecadado com o estádio entra nos cofres do clube.

Duilio Monteiro Alves, recentemente, reafirmou que o Corinthians está próximo de oficializar um acordo costurado com a Caixa Econômica Federal em novembro de 2020.

Na ocasião, a dívida corintiana com o banco por causa da Arena ficou acertada em R$ 569 milhões. O pagamento deve começar a ser feito em novembro de 2022, com parcelas anuais que não podem ultrapassar R$ 38 milhões e vão até 2039.

A receita garantida com a venda do naming rights junto a Hypera Pharma será usada para abater essa dívida. A gigante farmacêutica aceitou pagar R$ 300 milhões para uma de suas empresas, a Neo Química, dar nome a Arena. Serão depositados R$ 15 milhões por ano durante 20 temporadas.

O Corinthians também aguarda a assembleia de recuperação judicial da Odebrecht Participações e Investimentos (OPI) para anunciar o acordo feito com o braço da construtora, que deve livrar o clube de uma dívida que chegou a R$ 1,030 bilhão e teve o abatimento R$ 400 milhões por meio dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) mediante a entrega da carta de quitação da obra. Com a correção monetária, os títulos significaram aproximadamente R$ 800 milhões.

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