Um dos erros cometidos por Campo Grande para não ser escolhida sede da “Copa do Pantanal” foi a pressão feita aos inspetores da FIFA. As autoridades do Mato Grosso do Sul mandaram cartas para os cartolas e a estratégia foi encarada como pressão. A informação é do correspondente da Folha de São Paulo que acompanhou, ontem, a cerimônina da FIFA, nas Bahamas, quando foram anunciadas as 12 cidades sedes. O jornal cita que o apoio político do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, também teve peso” na definição por Cuiabá.
Mas, na mesma Folha, há críticas quando a escolha de Cuiabá. O jornalista Juca Kfouri, um dos mais conceituados na imprensa esportiva, ataca o presidente da CBF, Ricardo Teixeira: “acredita que vive num país de néscios, razão pela qual passou meses repetindo que a Fifa é quem escolhe as cidades-sede da Copa do Mundo”. O jornalista, em seu blog, também critica a escolha de Cuiabá. “E lamentar a escolha de Cuiabá, no Mato Grosso do governador “motosserra de ouro”, título dado a Blairo Maggi pelo Greenpeace, em homenagem ao maior produtor de soja do mundo e um dos maiores desmatadores do país. Para uma Copa que se pretende ecológica, nada menos apropriado, embora Maggi tenha bem mais de um milhão de razões para influenciar decisões no mundo do futebol. Tão natural como a escolha de Manaus para representar a espoliada Amazônia, apesar de Belém ter mais tradição futebolística, teria sido a de Campo Grande para mostrar as belezas do Pantanal”, ataca Kfouri.