Devido a proximidade da Copa Libertadores, estreia do Cruzeiro na terça-feira, contra o Racing, a Raposa mandou seu time reserva para o jogo contra o Boa Esporte, neste sábado, no Mineirão. E o grupo alternativo não reconheceu a equipe de Varginha e venceu por 3 a 0, em confronto pelo Campeonato Mineiro.
O resultado deixa o Cruzeiro isolado na liderança do Campeonato Mineiro, com 22 pontos conquistados, oito pontos de diferença para o vice-líder, América. O Boa Esporte ficou na sexta colocação, com 11 tentos, esperando o término dos jogos para ver qual será sua posição exata quando a oitava rodada terminar.
O Cruzeiro fez um jogo muito seguro, na tarde deste sábado, no Mineirão. Apesar da forte chuva que caiu em Belo Horizonte, o gramado suportou a pressão e o duelo não foi prejudicado. A Raposa aproveitou a baixa qualidade técnica da equipe adversária e marcou seus gols, sem sofrer qualquer susto em sua defesa.
A equipe azul agora vai para a Libertadores. Quando retornar para Belo Horizonte, terá de pensar no clássico contra o Atlético, no próximo domingo, às 11h (de Brasília), no Independência, com mando de campo do Galo. Já o Boa Esporte vai até Juiz de Fora, enfrentar o Tupi, no sábado, às 16h.
O Cruzeiro começou o jogo querendo decidir. Logo no primeiro minuto de confronto, a Raposa se lançou ao ataque e, em jogada de Raniel, os atletas ficaram pedindo pênalti. O arbitro mandou o jogo seguir.
No entanto, no minuto seguinte, a Raposa abriu o marcador. Em jogada de Mancuello, já dentro da área, Rafael Sóbis recebeu na área e, com um leve toque, mandou para o fundo das redes.
O Cruzeiro concentrava bastante a saída de bola pelo lado esquerdo de campo – onde era o ponto mais agressivo da equipe de Belo Horizonte. Mancuello e Marcelo Hermes eram bastante acionados e faziam o jogo girar por ali.
Quando o duelo avançou após os 20 minutos, o duelo ficou bastante truncado no meio campo. O Cruzeiro estudava bastante a partida, com a bola passando bastante nos pés do volante Lucas Silva, que tinha a função de comandar essa saída de jogo, enquanto o Boa não buscava o ataque com facilidade. Talvez por medo de sofrer uma goleada maior, a equipe de Varginha esperou em seu campo defensivo e se arriscava pouco no ataque.
Aos 22, o Cruzeiro quase ampliou sua vantagem. A Raposa chegou ao ataque com Raniel, mas o goleiro fez a defesa. Na sobra, Thiago Neves pegou o rebote e mandou o forte chute, mas a redonda, carinhosamente, parou nos pés da trave. O arqueiro do Boa Esporte já tinha desistido da bola e voltou a se animar quando viu a redonda voltar para a sua zaga.
O Cruzeiro tinha o controle absoluto do jogo. Poucos minutos depois, Thiago Neves lançou o lateral-esquerdo Marcelo Hermes que tentou o cruzamento, mas a zaga apareceu na última hora para mandar para escanteio. Na cobrança, por pouco o zagueiro Dedé não marca o tento.
A maneira que o técnico Mano Menezes escalou o Cruzeiro era bastante agradável, já que Mancuello atuava com liberdade pela esquerda, Rafael Sóbis pela direita e Thiago Neves centralizado, dando mais poder de chegada ao ataque, entretanto, não perdendo consistência defensiva.
Aos 39 minutos, o Cruzeiro ampliou a contagem. Em boa jogada de Raniel, que recebeu no meio e, de costas, faz belo lançamento encontrando Mancuello. O argentino recebeu livre, carregou a bola por alguns metros e chutou, tirando do goleiro.
O confronto voltou truncado. O Boa Esporte, para evitar levar mais gols, se segurava na defesa. Tinha ainda poucas chances e esperava o Cruzeiro.
O Boa Esporte, à partir dos 15 minutos, passou a tentar buscar o ataque. O técnico pediu para os jogadores avançarem as linhas defensivas, dando mais campo para o Cruzeiro, porém, em contrapartida, ficando mais próximo da meta contrária.
Para tentar melhorar a equipe no gramado, o técnico mandou Marcílio na vaga de Jhon Cley. O Cruzeiro, por sua vez, com a tranquilidade que a partida lhe proporcionou, passou a se segurar em campo e o técnico Mano Menezes fez algumas trocas.
Mano mandou Arrascaeta para o jogo no lugar de Thiago Neves. O camisa 30 ficou fora por alguns jogos, fazendo reforço muscular, e Menezes preferiu tirá-lo de campo para evitar qualquer desgaste maior, considerando que tem um importante jogo da Copa Libertadores na terça-feira (27). Henrique também entrou na vaga de Bruno Silva.
A situação, entretanto, serviu para o Cruzeiro ficar mais agressivo. O time de BH chegava com mais facilidade. Em duas oportunidades, o goleiro Fabrício salvou o que seriam dois belos gols. Primeiro com Lucas Romero que soltou um forte chute, já dentro da área, e outro com Arrascaeta, no cara a cara.
No finalzinho, aos 41, Arrascaeta lançou para Rafael Sóbis. O camisa 7 chutou de fora da área, sem chances para Fabrício, dando números finais ao confronto.