A ausência de Valdivia, poupado em tratamento especial, foi só um detalhe no jogo desta quinta-feira. Para continuar com 100% de aproveitamento, o Palmeiras superou a expulsão de Gilson Kleina e seu auxiliar e terminou a partida com Bruno como técnico para ver França marcar um golaço e garantir a vitória por 2 a 1 sobre o XV de Piracicaba, fora de casa.
Para continuar como único a vencer todos os jogos que disputou no Campeonato Paulista, o time precisou segurar a pressão dos donos da casa e saiu na frente com Alan Kardec convertendo pênalti sofrido por Mazinho, aso 15 minutos. Mas, aos 32, Fernando Prass, que salvou o time em muitos lances, falhou e Cafú aproveitou para empatar.
No segundo tempo, Kleina foi expulso e, como o auxiliar Juninho já tinha sido excluído, coube ao goleiro reserva Bruno ser técnico por mais de dez minutos. Em sua única substituição, colocou Diogo, que deu o passe para França deixar seu marcador no chão e definir o placar batendo no ângulo, aos 38 minutos.
O jogo – Do time que dominou o São Paulo no domingo, Gilson Kleina só tirou Valdivia, que ganhou descanso como prevê seu tratamento especial. Mas foi difícil encontrar seu substituto Marquinhos Gabriel. Desde os primeiros segundos da partida, o XV de Piracicaba pressionou o Palmeiras e deu trabalho a Fernando Prass.
Antes do primeiro minuto, o time da casa mostrou como atacaria o visitante: apostando no lateral esquerdo Aelson. Foi por ali que saiu o cruzamento para o estreante Raphael Macena cabecear e Fernando Prass espalmar. Aos dois minutos, o goleiro corrigiu uma saída errada dele evitando que Jonathan Cafú balançasse as redes.
Gilson Kleina se esgoelava para acertar a marcação, pedindo para Leandro, seu jogador mais avançado, recuar para ajudar a preencher os espaços que o rival aproveitava. O clube piracicabano chegava a colocar dez atletas do Verdão dentro da área de Prass. Até que, na base de chutões, o time alviverde encontrou uma solução.
Em uma das primeiras aparições palmeirenses na frente, Mazinho entrou na grande área e Aelson, grande opção ofensiva do XV, comprometeu seu time derrubando-o com um chute no tornozelo, cometendo pênalti. O goleiro Márcio, ex-São Paulo, provocou Alan Kardec mandando-o bater em seu canto esquerdo. O centroavante obedeceu e, como fez com o ex-clube do camisa 1, converteu com precisão, aos 15 minutos.
No minuto seguinte, Macena soltou bomba e Prass fez grande defesa, mas, por alguns momentos, houve a impressão de que o Verdão poderia dominar, até que o próprio banco do time se descontrolou a ponta de o auxiliar de Kleina, Juninho, ter sido expulso por cobrar a marcação de outro pênalti em bola que bateu na mão de jogador do XV.
O time piracicabano, então, foi eficiente, aproveitando a falha do melhor jogador do Verdão na noite. Fernando Prass voltou a sair errado em cobrança de escanteio e, desta vez, Cafú só precisou desviar para acertar o gol, aos 32 minutos. Empatando e empolgando seu time, que continuou fazendo o goleiro trabalhar.
Na volta do intervalo, o Palmeiras finalmente utilizou Marquinhos Gabriel, que recebeu passes e foi abrindo espaço no campo adversário. Mas Aelson continuava dando trabalho, quase marcando um golaço em chute de fora da área, além de seguir dificultando a vida de Wendel na sua marcação. Pressionado, o Verdão começou a fazer faltas e aumentar as chances do time da casa.
Até que, para melhorar a marcação, Kleina tirou o atacante Leandro para colcoar o volante França. A alteração, e o cansaço, diminuíram o ritmo da partida, mas não a tensão do próprio treinador, que continuou cobrando a marcação do pênalti no primeiro tempo e, então, foi expulso.
Sem Kleina nem Juninho, coube ao goleiro reserva Bruno ser técnico nos últimos dez minutos. Em sua primeira substituição, Bruno colocou Diogo, e saiu dos pés do atacante o passe para o gol da vitória, que teve muito mais mérito de França. Aos 38 minutos, o volante recebeu na área, deixou o zagueiro Pitty no chão e finalizou de canhota no ângulo de Márcio, definindo a conquista dos três pontos.