A seleção brasileira feminina de novas lutou para conquistar o segundo título do país na sétima Copa Pan-Americana de Vôlei, em Mexicali, no México. Depois de estar perdendo por 2 sets a 0, levou a decisão contra a equipe adulta da República Dominicana para o tie-break. Mas, no final, prevaleceu a maior experiência do time adversário, que após três vice-campeonatos (2002, 2003 e 2005) ficou com o título da competição. O Brasil perdeu por 3 a 2 (24/26, 28/30, 25/23, 25/19 e 11/15) – única derrota em todo o campeonato – e repetiu o resultado do ano passado. A medalha de bronze ficou com a Argentina, que venceu Porto Rico por 3 a 1 (26/24, 25/18, 16/25 e 25/18).
Bethania de la Cruz foi o principal nome da República Dominicana, que no primeiro set aproveitou-se dos erros do Brasil para abrir 6/1 no placar. O saque das dominicanas, que dificultou o passe brasileiro, e o forte ataque, foram os fundamentos decisivos. A jovem equipe brasileira, porém, não se entregou e buscou a reação. Um ponto de bloqueio de Regiane fez a equipe encostar: 21/22. No empate em 24/24, a Republica Dominicana explorou o bloqueio do Brasil para chegar ao 25º ponto, e aproveitou um contra-ataque para ganhar por 26 a 24.
Mais uma vez o saque da República Dominicana funcionou no segundo set, e a equipe abriu 4/1. Com três erros de ataque consecutivos das adversárias, as brasileiras chegaram ao empate: 5/5. Com o placar em 13/13, o time caribenho marcou seis pontos seguidos, chegando a 19/13. O técnico Luizomar de Moura substituiu a capitã e levantadora Dani Lins por Ana Tiemi, e a seleção brasileira iniciou uma reação. O empate veio em 24/24, em erro de finalização das dominicanas. Regiane aproveitou uma falha da recepção adversária para marcar o 25º ponto. Regiane ainda fez um ponto de bloquei 26/25. Mas o time caribenho parou o ataque do Brasil duas vezes seguidas. A vitória por 30 a 28 veio no saque.
O Brasil voltou para o terceiro set com Ana Tiemi. O saque, que havia sido o fundamento mais importante da equipe brasileira durante toda a competição, funcionou pela primeira vez na final, e o time não demorou para fazer 6 a 1. Uma vantagem que as adversárias não conseguiram tirar, apesar dos quatro pontos de bloqueio. E foi no saque de Regiane que veio a vitória por 25 a 23.
A jovem equipe brasileira voltou para o quarto set mais motivada, e conseguiu abrir uma boa vantagem sobre as adversárias: 9/3. A República Dominicana mostrou dificuldades para recepcionar o saque do Brasil. Ana Tiemi fechou o set em 25/19 no erro de recepção da equipe caribenha.
No quinto e decisivo set, com o saque e o bloqueio eficientes, a República Dominicana abriu 4 a 1 no placar. As brasileiras ainda empataram em 5/5 e 6/6. Mas, a partir daí, cometeram dois erros consecutivos e foram bloqueadas. Os três pontos de vantagem das dominicanas permaneceram até o fim. A vitória veio com mais um ataque brasileiro parando no bloqueio.
O Brasil chegou a final como único invicto na competição. A República Dominicana sofreu uma derrota na fase classificatória para a Argentina. No pódio, as argentinas comemoraram bastante a conquista da medalha de bronze, já que o país jamais havia passado da sexta colocação nas seis edições anteriores da Copa Pan-Americana.
Os Estados Unidos terminaram na quinta colocação após a vitória sobre a Venezuela por 3 a 2 (27/25, 28/26, 17/25, 22/25 e 15/7).