Adrián Ricardo Centurión mais ouviu o presidente Carlos Miguel Aidar do que falou em sua apresentação como novo reforço do São Paulo, nesta terça-feira. Quando enfim abriu a boca, o meia-atacante argentino de 22 anos fez questão de dizer “bom dia” em português e abriu um sorriso para falar sobre o seu estilo de jogo.
“Sim”, avisou, quando questionado se gosta de irritar os seus adversários. A declaração arrancou gargalhadas de diretores e conselheiros são-paulinos que assistiam à apresentação no CT da Barra Funda. “Entendi a pergunta. Sou um jogador provocador dentro de campo. É uma característica minha.”
Fora de campo, Centurión também costuma chamar a atenção. O ex-jogador do Racing já chegou a fechar as portas de clubes interessados em sua contratação por aparecer armado em uma fotografia.
Embora aparentemente não se incomode em abordar o assunto, Centurión não disparou novas polêmicas desta vez. “Eu tinha 16 anos no episódio da arma. Foi uma brincadeira em San Nicolás, nada importante. São coisas que acontecem na vida. Já é passado. Foi algo errado, mas era somente uma foto. O importante é que estou muito contente no São Paulo e quero dar o meu melhor a cada partida”, discursou.
Para oferecer o seu melhor e vencer a concorrência em um elenco que conta com Luis Fabiano, Alan Kardec, Alexandre Pato, Paulo Henrique Ganso, entre outros, Centurión já começou a se preocupar com a sua adaptação. Previu que começará a falar português em até três meses e acha difícil conseguir conhecer toda a cidade de São Paulo. “É muito grande.”
Há algo em São Paulo que Centurión considera ainda maior do que o seu novo município. “O São Paulo é enorme, três vezes campeão do mundo. Já acompanho o clube há muito tempo. Não foi o dinheiro que me seduziu a vir para cá”, avisou o polêmico meia-atacante que o técnico Muricy Ramalho cobiçava, já de espírito desarmado.