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Ceni pede apoio da mídia e diz que futebol esconde promiscuidade da política

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Rogério Ceni entrevista Só Notícias 2011O Bom Senso FC apresentou nesta segunda-feira propostas de fair play financeiro e calendário para o futebol brasileiro. Apesar de não se intitular um dos idealizadores do movimento, o goleiro Rogério Ceni foi o jogador que mais falou com a imprensa durante o seminário realizado no auditório da Universidade Nove de Julho (Uninove), na Barra Funda, em São Paulo.

Abordado diversas vezes sobre o tempo e a eficácia da implantação dos projetos criados pelo grupo de jogadores – com apoio de gestores esportivos e da Universidade do Futebol, o ídolo são-paulino fez questão de cobrar apoio da mídia para que as metas sejam atingidas.

– (Mudanças) A minha expectativa é poder contar com a pressão da mídia. Ela é a única que pode mudar o rumo do futebol brasileiro. É ela (imprensa) ou alguém lá de cima que abra mão dos interesses financeiros. Se você (repórter) não me ajudar, estou morto. Nós, jogadores, podemos criar e oferecer ideias, mas não temos poder de execução – declarou Rogério Ceni.

– O Bom Senso não pode executar nada, até porque, vale ressaltar, estaríamos fazendo o trabalho de pessoas que são pagas e remuneradas para isso – complementou.

Mesmo com a cobrança em cima da imprensa, o veterano goleiro, de 41 anos, não esqueceu de criticar dirigentes e políticos do futebol no Brasil.

– Não entendo por que tudo tem de passar pela CBF. Precisamos de alguém com boa vontade, alguém que queira, além de política, cuidar do esporte. Poxa, você vê atleta de esporte olímpico fazendo vaquinha para poder treinar. Pô, o Brasil vai sediar as Olimpíadas de 2016. Vaquinha? Até com o mensalão se arrecada mais no Brasil – criticou.

Assim como as propostas do Bom Senso FC, a política nacional também foi amplamente discutida por Rogério Ceni. Mais do que discutida, ele foi duramente criticada pela camisa 01 do Tricolor.

– Você ilude o povo através do futebol. O futebol esconde do povo as atitudes mais promíscuas dos nossos políticos. Estamos gastando 20 bilhões para construir e reformar estádios para a Copa. Enquanto isso, dirigentes não têm capacidade para gerir os clubes de futebol – finalizou.

 

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