O futuro técnico do São Paulo, Rogério Ceni já trabalha junto à diretoria do São Paulo no planejamento de 2017. Apesar de ainda não ter dirigido a equipe, o ex-goleiro sabe das principais necessidades do atual elenco tricolor.
O foco é reforçar o ataque, considerado o setor mais carente do São Paulo. Embora Andres Chavez ser o artilheiro do time no Campeonato Brasileiro, empatado com Cueva, com sete gols, o clube tenta contratar mais um atacante.
O São Paulo sonha em trazer de volta Jonathan Calleri, que rumou à Inglaterra, em agosto, após marcar 16 gols em 31 partidas pelo clube paulista entre fevereiro e julho. O argentino de 23 anos não se firmou no West Ham, de Londres, onde atuou emprestado em apenas nove jogos, durante os quais não balançou as redes. Ele não está sendo aproveitado pelo técnico croata Slaven Bilic, que o rebaixou para o time sub-23 recentemente.
No entanto, a cúpula tricolor trata a negociação como improvável. Calleri pertence ao Deportivo Maldonado (URU), um clube de empresários, que gostaria de valorizar o atleta na Europa para vendê-lo por uma quantia elevada futuramente.
“A gente tem interesse, sim. Temos interesse em todo bom jogador, inclusive no Calleri, que teve uma bela passagem conosco. Mas, em nenhum momento ele nos procurou manifestando interesse, nem o West Ham, nem o grupo de empresários dele. Seria muito bom se ele pudesse voltar para nós, mas não existe essa possibilidade hoje”, lamentou o diretor de futebol do São Paulo, José Jacobson Neto.
Desta forma, o Tricolor segue atrás de nomes para o setor ofensivo, que é o quinto pior do Campeonato Brasileiro, com 39 gols. Wellington Nem, do Shakhtar Donetsk (UCR), foi o primeiro reforço para 2017 a ser anunciado e já treina com os novos companheiros. O jovem ex-Fluminense chegou por empréstimo de um ano.
Não quer dizer, contudo, que essa será a política de contratações do São Paulo, embora o clube não disponha de grande aporte financeiro. “De repete, se puder dispor de dinheiro, também temos jogadores que podem entrar em negócio. Vamos ver”, resumiu Marco Aurélio Cunha, diretor executivo de futebol da agremiação do Morumbi.
“(Estamos conversando com Rogério Ceni sobre) Tudo. Os reforços não dependem dele, depende do mercado. Vontade de ter eu tenho, agora precisa ver como ter. Aí é outra etapa do reforço, se quer vir, se pode vir, quanto custa, se é isso que ele quer”, acrescentou.
O ataque, no entanto, não é a única preocupação da diretoria e comissão técnica. Com a iminente saída de Eugenio Mena, o São Paulo deve ir atrás de um lateral esquerdo, já que as únicas opções no momento são Matheus Reis e Carlinhos. O segundo, inclusive, é constantemente alvo de críticas da torcida e não deve permanecer no Morumbi.
“Todos nós sabemos (as posições carentes que precisam de reforços). Agora, ele pode vir com uma lista de 100, 98 seriam inviáveis. Eu quero Pratto, não dá. A vida é isso. O problema não é querer, é poder”, finalizou Marco Aurélio.
Na 11ª colocação do Brasileirão, com 49 pontos, o São Paulo se reapresenta na tarde da próxima terça-feira, no CCT da Barra Funda. O último compromisso da equipe na temporada 2016 é o Santa Cruz, no dia 11, no Pacaembu.
A apresentação de Ceni como técnico foi adiada em função do acidente com o avião da Chapecoense, ocorrido na madrugada de segunda para terça-feira. A tendência é que ela aconteça na semana que vem. O arqueiro com o maior número de gols (132) da história assumirá a equipe de vez na pré-temporada de 2017, quando o Tricolor disputará a Copa Flórida, nos Estados Unidos, em janeiro.