A despedida de Kaká do Morumbi não saiu como esperado. O camisa 8 do São Paulo, que fez na tarde deste domingo seu último jogo no estádio tricolor, viu Rogério Ceni falhar feio e seu time apenas empatar em 1 a 1 com o Figueirense.
O empate, porém, envia o São Paulo diretamente para a fase de grupos da Libertadores. O Tricolor chegou a 70 pontos e permanece na vice-liderança, mas não pode ser mais ultrapassado pelo Internacional, o quarto, pois o clube gaúcho possui 66 pontos. O Figueira, por sua vez, continua na 12ª posição, mas agora com 47 pontos.
Foi melancólica a primeira etapa despedida de Kaká do Morumbi. Não pelo resultado do jogo em si, mas pelo futebol apresentado pelas duas equipes.
Sem ambições no Brasileiro, o Figueirense foi a campo com uma estratégia defensiva e, pelo menos nos primeiros quarenta e cinco minutos, foi bem sucedido. Os catarinenses contaram também com a apatia são-paulina. Apagado, o Tricolor Paulista não conseguia trocar passes no setor ofensiviso e viu seu principal armador, Paulo Henrique Ganso, sumir. Kaká, dono da festa, também pouco apareceu.
Alan Kardec, o vilão da eliminação do São Paulo na Copa Sul-Americana, tentou algumas jogadas de efeito, mas levou pouco perigo ao goleiro Tiago Volpi. O Tricolor demonstrava ressaca da derrota para o Atlético Nacional e o 0 a 0 do primeiro tempo refletiu bem o que as equipes produziram.
Se o primeiro tempo foi sonolento, o segundo foi emocionante. Desde os primeiros toques na bola, São Paulo e Figueirense tinham apenas um objetivo: balançar as redes. E foram atrás disso.
Pablo foi o que teve a chance mais clara. Após boa jogada de Marcão, que tirou facilmente Edson Silva da jogada, o camisa 11 ficou cara a cara com Rogério Ceni. O goleiro deve ter assustado o atacante, pois a bola não morreu no gol e sim explodiu no travessão. Nem mesmo os reservas do Figueira compreenderam o lance.
No ataque seguinte foi a vez de Luis Fabiano tentar o gol. Falhou. William Cordeiro, lateral do alvinegro, teve sua chance. Perdeu. Foi então que Edson Silva subiu mais que Thiago Heleno e, após escanteio cobrado por Osvaldo, cabeceou com força e finalmente abriu o placar do jogo.
Aos 37 minutos, a saudação para Kaká tomou conta do Morumbi. O meia foi substituído e ouviu de todos os presentes muitas palmas. Justas, pela história do camisa 8. Muricy Ramalho acertou em cheio o momento para tirar o dono da festa de campo, pois assim ele não viu o goleiro e ídolo Rogério Ceni falhar feio, tentar dar um chapéu fora da área e entregar a bola para Mazola empatar.
O autor do gol de empate quase foi estraga festas e teve a chance de virar o jogo. A trave, que salvou no começo da segunda etapa, voltou a brilhar. O 1 a 1 foi justo, mas Rogério Ceni falhar dessa forma na despedida de outro ídolo tricolor é inadmissível.