Júlio Pinheiro mudou-se para uma Chácara no Distrito de Nossa Senhora da Guia. Isolado do clube, da torcida e da imprensa, o dirigente foi buscar paz na pacata cidadezinha, a 30 km de Cuiabá, mas promete quebrar o silêncio em breve, antes das festas de fim de ano.
Com uma dívida da temporada/2009, estimada em R$ 80 mil, que inclui aluguel de apartamento para jogadores, hospedagem em hotel e locação de ônibus, o clube precisaria hoje, de algo em torno de R$ 100 mil para começar da estaca zero; dinheiro para alugar a casa que servirá de alojamento dos novos atletas, pagamento de transferências interestaduais e mais R$ 40 mil mensais para o pagamento da nova comissão técnica. De onde o dinheiro virá ? só Júlio Pinheiro pode responder.
O dirigente, que prefere não gravar entrevista e tem evitado a imprensa, trabalha com duas frentes – segundo informou uma fonte ligada a diretoria. A primeira é uma negociação com o empresário Roberto Ávilla, da Traffic – empresa responsável pela comercialização do merchandising da Copa do Brasil.
Campeão Mato-grossense, após 11 anos de jejum, o Mixto estaria disposto a negociar o jogo, no Verdão, contra um grande clube, em troca de uma cota fixa, independente da arrecadação na bilheteria. Estima-se que Pinheiro faça uma pedida de R$ 200 mil – dinheiro suficiente para quitar as dívidas e começar o ano com uma estrutura mínima necessária. A tabela da Copa do Brasil deve ser divulgada nos próximos dias.
O União (vice-campeão mato-grossense/2008), pleiteia enfrentar o Internacional-RS no estádio Luthero Lopes, em Rondonópolis.
A segunda opção seria uma parceria semelhante a que o Operário de Campo Grande firmou este ano, na Série C, com uma empresa de material esportivo. A mesma empresa que bancou a contratação de Anderson Lima no Galo campo-grandense e de Júnior Baiano, no Brasiliense, estaria interessada na “popularidade alvinegra”. No entanto, os fracassos, tanto do Operário-MS, quanto do “Jacaré”, podem melar a negociação.
Elenco -Como também irá disputar a Série C de 2009, com a missão de evitar o rebaixamento, o clube precisará montar um novo elenco, e com urgência, afinal, serão praticamente três competições simultâneas. Na última sexta-feira, expirou a validade da maioria dos contratos dos atletas vinculados ao clube, outros vencem no final do mês (31). Como não houve renovação, jogadores como como Buiú e Douglas, estão oficialmente liberados, e aptos para negociar com qualquer equipe, restando apenas o aval da CBF. Para se ter uma idéia o clube não dispõe no momento de nenhum zagueiro.