Ao entregar a camisa 30 para Bruno César, o presidente Paulo Nobre, antes de cobrar que ele honrasse o uniforme, avisou que o meia é palmeirense. E o jogador emprestado pelo Al Ahli, da Arábia Saudita, demonstrou isso. Além de abrir mão de dívida que tinha com o clube que detém seus direitos econômicos, o ex-jogador deixou de lado a dispensa do time B do Verdão em 2007 e avisou que a meta é estrear no dia 16, contra o Corinthians.
“Posso estrear contra o Corinthians, depende da comissão técnica. Vamos esperar, conversar e trabalhar, mas quero estar preparado até antes. Um dos objetivos é entrar em campo contra o Corinthians, não importa se for por 45 minutos ou os dois tempo. Até o dia 16, terei tempo suficiente para isso”, afirmou o jogador, que começou a treinar na Academia de Futebol nessa segunda-feira.
A expectativa da comissão técnica é a mesma. O preparador físico Fabiano Xhá solicitou a Gilson Kleina de sete a dez dias para liberar Bruno César para trabalhar taticamente e participar de coletivos com os colegas. O meia está fora do clássico de domingo, contra o São Paulo, mas tem boas chances de estar no Derby.
“Não estou 100%. Estou treinando desde o dia 6, mas só a parte física, é completamente diferente de treinar com bola e com o grupo. Preciso de dez a 12 dias para entrar em campo. A estreia vai demorar, no máximo, 15 dias. Quero estar bem até o dia 16”, enfatizou o jogador, que admitiu estar acima do peso, sem entrar em detalhes de quantos quilos precisa emagrecer.
As declarações, de qualquer forma, minimizam o passado do meio-campista no Corinthians. Pelo arquirrival do Verdão, Bruno César foi um dos destaques do time que chegou perto do título brasileiro no ano do centenário do clube, em 2010. Agora, presente na temporada em que o Palmeiras completa cem anos, fala em pagar uma dívida.
“Já joguei aqui em 2007. Saí devendo para o torcedor palmeirense. Retorno agora mais maduro, experiente após novos desafios deve 2007. Volto para mostrar o que fiquei devendo e mostrar ao torcedor que vim para ajudar a equipe”, afirmou o meia, dispensado como quase todo o elenco do Palmeiras B rebaixado para a terceira divisão do Paulista há sete anos.
“Eu era muito novo ainda, tinha 19 anos, só fazia alguns treinos com o time de cima com o Caio Júnior. Tinha que aprender muita coisa ainda. Não saí com mágoa de forma alguma. É o clube que me acolheu quando saí do São Paulo. Tenho um carinho enorme pelo Palmeiras, que me deu oportunidade e estrutura para treinar como profissional. Respeito o clube e volto agora para dizer que os diretores da época estavam enganados”, declarou.